
Uma igreja na cidade de Brookings, nos Estados Unidos, está processando a prefeitura por impedir de alimentar os necessitados. O município aprovou uma lei, limitando a frequência permitida de doação de refeições a moradores de rua.
A Igreja Episcopal St. Timothy's entrou com uma ação federal contra Brookings em janeiro, argumentando que a prefeitura violou o direito à liberdade religiosa, quando a proibiu de servir à comunidade.
De acordo com o jornal The Blaze, há 75 anos a igreja tem realizado ações sociais para a comunidade da cidade, ajudando pessoas em vulnerabilidade, doentes e desabrigadas.
Assim como outras igrejas e ONGs em Brookings, a Igreja St. Timothy's fornecia refeições quentes em sua propriedade. Durante a pandemia da Covid-19, a congregação intensificou a ação e passou a servir refeições seis vezes por semana, atendendo cerca de 70 pessoas na hora do almoço.
Porém, alguns vizinhos reclamaram das atividades sociais da igreja, afirmando que geravam barulho, lixo e invasões no bairro, e solicitaram ao conselho da cidade que suspendesse a iniciativa.
Atendendo ao pedido, o Conselho Municipal de Brookings emitiu uma lei exigindo que as igrejas obtivessem uma permissão de "serviço de refeições benevolentes" para servir alimento em suas propriedades. Além disso, a nova legislação limitou as doações a apenas duas vezes na semana.
A Igreja St. Timothy's se recusou a cumprir a ordem e entrou com uma ação judicial, pedindo ao tribunal federal que suspenda a nova lei em Brookings. Segundo a bispa Diana Akiyama, da Diocese Episcopal do estado de Oregon, a restrição municipal interfere na expressão da fé dos membros da congregação.
"Os paroquianos da St. Timothy’s estão obedecendo aos ensinamentos de Jesus quando fornecem comida e assistência médica à sua comunidade. Como cristãos, somos chamados pela fé a alimentar o povo com fome e acolher o estrangeiro. Oferecer hospitalidade a todos que entram na igreja em busca de ajuda é parte integrante de nossas crenças”, afirmou em um comunicado.