Portas Abertas celebra 70 anos com culto em apoio à igreja perseguida

A missão celebrou o aniversário com um culto que destacou a fé inabalável da Igreja diante da perseguição global.

fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

Atualizado: Terça-feira, 15 Julho de 2025 as 3:39

Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas. (Foto: Divulgação)
Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas. (Foto: Divulgação)

No último sábado (12), a missão Portas Abertas celebrou 70 anos de ministério em um culto de gratidão que reforçou a unidade da igreja livre e perseguida como corpo de Cristo.

O culto ocorreu na Comunidade da Graça, em São Paulo, com a presença de Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas.

Refletindo sobre os desafios dos cristãos no mundo, Marco afirmou que a perseguição nunca foi tão radical. 

“A perseguição nunca alcançou tantas pessoas, nunca foi tão violenta, mas as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja", declarou ele no culto. 


Adhemar de Campos. (Foto: Divulgação)

Ele destacou que devido às orações, doações e apoio dos parceiros que a Portas Abertas continua há tanto tempo servindo os cristãos perseguidos.

O evento contou ainda com o louvor de Paola Carla e Coral Ibab, e do pastor Adhemar de Campos, que também ministrou a ceia. 

Na celebração, os cristãos também participaram de estandes interativos, com notas de orações no mapa da Lista Mundial da Perseguição 2025, na árvore de oração e justiça, e assinando a petição da campanha Desperta África. 

Participação de cristão perseguido

O pastor Fred Williams ministrou a Palavra no culto de celebração. Atualmente, ele reside em Londres, mas viaja frequentemente para sua terra natal, a Nigéria — que ficou em 7º lugar na lista dos 50 países mais perigosos para os cristãos de 2025 da Portas Abertas.

No país, Fred apoia cristãos perseguidos por meio de projetos que promovem a justiça e a paz por meio da arte. 

“Muitos perguntam se eu tenho traumas. Não é possível ver as cabeças de crianças abertas, homens eviscerados, pessoas jogadas em suas casas em chamas e não ficar traumatizado. Mas essa não é a principal questão. A pergunta verdadeira é: no meio do trauma, há esperança? No meio da escuridão, há luz?”, disse ele.

No culto, o pastor ministrou sobre a passagem bíblica em Atos‬ ‭1‬:‭8, que diz: “Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra”.

“O Senhor disse que seríamos suas testemunhas, eu testemunhei e vivenciei muito derramamento de sangue, mas em meio a este sangue, eu também testemunhei o amor do Senhor”, afirmou ele. 


Fred Williams e o intérprete no culto. (Foto: Divulgação)

Ferd contou testemunhos de diversos ataques terroristas que viveu como vítima da perseguição na Nigéria. No entanto, apesar dos traumas passados, o pastor destacou a esperança inabalável e a transformação extraordinária por meio do perdão: “Eu fui do ódio, rancor e mágoa para uma jornada de esperança e paz”.

A história da missão

A história da Portas Abertas começou em 1955, quando o jovem holandês Anne van der Bijl, conhecido como Irmão André, encontrou muitos cristãos em necessidade.

Em 1957, ele ganhou um fusca azul e com o apoio financeiro de outros cristãos começou a levar milhares de Bíblias para países onde ter a Palavra de Deus e materiais cristãos era proibido.

Hoje, a missão atua em mais de 60 países: “Deus revelou uma necessidade a mim e eu fiz o que pude fazer. Outros se juntaram a mim, o trabalho cresceu e pessoas de outros países começaram a se envolver. Nossa missão se chama ‘Portas Abertas’ porque cremos que qualquer porta está aberta, a qualquer tempo e em qualquer lugar para proclamar a Cristo”, declarou o fundador que faleceu em setembro de 2022 aos 94 anos.

Em 1977 o irmão André visitou o Brasil pela primeira vez e foi convidado pela irmã Elmira Pasquini para um culto em São Paulo. No ano seguinte, a Portas Abertas foi oficialmente fundada no Brasil.

Hoje, com sede em São Paulo, emprega mais de 40 colaboradores, conta com quase 600 voluntários oficiais e mais de 30 mil parceiros.

“A portas abertas expandiu seu trabalho ao redor do mundo e se estabeleceu para fortalecer aqueles que arriscam tudo pelo nome de Jesus”, concluiu a missão. 

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