Sudão mata mais de 1.000 pessoas para fazer “limpeza” étnica e religiosa

Além das mortes, meninas estão sendo estupradas em frente às mães.

fonte: Guiame, com informações do Daily Wire

Atualizado: Segunda-feira, 13 Novembro de 2023 as 12:14

Militantes querem fazer limpeza étnica e religiosa no Sudão. (Captura de tela: Vídeo X/Sudan News)
Militantes querem fazer limpeza étnica e religiosa no Sudão. (Captura de tela: Vídeo X/Sudan News)

Combatentes de um grupo paramilitar e de milícias árabes aliadas massacraram mais de 1.000 civis durante um ataque na região ocidental de Darfur, no Sudão.

As Forças de Apoio Rápido do Sudão (RSF, da sigla em inglês) atacaram Ardamata, lugar onde há um campo para pessoas deslocadas, depois de terem atacado uma base militar próxima.

Há informações de que o número oficial esteja errado e que o número real seja de aproximadamente 2.000, conforme a Daily Wire.

A guerra civil no Sudão acontece desde abril deste ano. Só no primeiro trimestre, foram registradas quase 3.000 mortes, número provavelmente subestimado. Além disso, quase três milhões de sudaneses foram forçados a fugir de suas casas, incluindo mais de 600.000 que fugiram para o exterior.

Toda essa ação ocorre em meio à guerra entre o Exército Sudanês e as FAR, iniciada em 15 de abril, tornando o Sudão o país com o maior número de deslocados internos no mundo, de acordo com a ONU.

‘Meninas estupradas em frente às mães’

O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, disse num comunicado: “Estas últimas atrocidades são aparentemente parte de uma campanha mais ampla de limpeza étnica conduzida pela RSF com o objetivo de erradicar a comunidade Masalit não-árabe do Darfur Ocidental, e vem no topo da primeira onda de grande violência em junho”.

Entre as atrocidades cometidas estavam relatos de que meninas estavam sendo estupradas na frente de suas mães, segundo a AFP.

Limpeza étnica e religiosa

Conforme o Gazeta do Povo, o massacre gerou provocações internacionais, embora tenha sido ofuscado pelos acontecimentos na Faixa de Gaza: “A ONU iniciou investigações para esclarecer os eventos de novembro”.

Em meio à “limpeza étnica e religiosa” no Sudão, igrejas estão sendo bombardeadas e os cristãos não se sentem seguros. Os trabalhos de evangelismo foram drasticamente afetados.

Os cultos foram cancelados como medida de segurança. A guerra também interrompeu o desenvolvimento dos projetos de tradução da Bíblia no país.

“Não temos muito trabalho acontecendo dentro do Sudão. Está intransitável”, disse um missionário atuante no país.

“Ore para que os cristãos possam se reunir com suas famílias em breve. Ore pelo fim imediato da guerra no Sudão. Estamos pedindo a Deus que resolva essa situação para que possamos continuar a trabalhar nesta região”, pediu ao concluir.

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