
Um homem que assassinou um pastor nos Estados Unidos confessou o crime e revelou que tinha uma lista com os nomes de outros 14 líderes cristãos que pretendia matar como parte de uma “missão divina”.
Em entrevista concedida de dentro da prisão, Adam Christopher Sheafe, de 51 anos, confessou ter assassinado brutalmente o pastor William Schonemann, de 76, líder da igreja New River, no Arizona. Conhecido como "Pastor Bill", ele era amplamente respeitado pela comunidade local.
Durante a conversa, Sheafe revelou que tinha uma lista com os nomes de outros 14 líderes religiosos e afirmou que seu objetivo era punir aqueles que, segundo ele, estavam enganando os cristãos.
“Eu dirigi de lá (Phoenix) até a casa de Bill, às duas da manhã de domingo, e o executei”, revelou Adam ao portal de notícias True Crime Arizona.
O pastor foi encontrado crucificado em sua cama, coberto de sangue, no dia 28 de abril, durante uma checagem feita pela polícia, após conhecidos se preocuparem com seu paradeiro.
Descrevendo a cena do crime, Adam falou que fez uma coroa de espinhos e colocou na cabeça de Bill.
“O que estou dizendo é que o que você prega não foi o que Deus disse. É justamente o oposto”, declarou o criminoso.
‘Execuções planejadas em todo o país’
Adam revelou que o pastor Bill não era seu único alvo. Antes do assassinato, ele contou ter seguido um padre até sua casa após os cultos de Páscoa em Phoenix com a intenção de matá-lo — a primeira de 14 "execuções" planejadas em todo o país.
“Começando pelo Arizona, onde eu nasci. Onde tudo começa é onde tudo termina — como no Jardim do Éden”, declarou ele.
No entanto, Adam desistiu de cometer o crime quando duas mulheres aparecem no local: “Não estou interessado em executar ninguém além dos pastores ou líderes que estão desviando o rebanho”.
Após matar Bill, Adam viajou para Sedona, onde planejava assassinar mais dois líderes. Mais tarde, ele foi identificado como o principal suspeito de um roubo, o que levou a uma perseguição em alta velocidade com a polícia.
Porém, ele conseguiu fugir após bater seu carro em outro veículo, segundo a polícia. Seu carro abandonado — que foi identificado como roubado em Cave Creek — foi recuperado.
As autoridades informaram que encontraram evidências dentro do carro que ligavam Adam ao assassinato do pastor Bill.
‘Lei de Deus’
Dias depois, Adam foi preso durante uma investigação relacionada à uma série de assaltos. Ele afirmou que, se não tivesse sido capturado, planejava continuar sua onda de assassinatos por todo o país.
“De lá, foram Las Vegas, Nevada; Portland, Oregon; Seattle, Washington; Billings, Montana; Detroit, Michigan; Nova York, Nova York; Charlotte, Carolina do Norte; Mobile, Alabama; Beaumont, Texas e El Paso, Texas”, disse ele.
E continuou: “Então, quatro deles seriam mortos no Arizona”.
Adam alegou que estava agindo sob o que ele acredita ser a “lei de Deus” e que espera ser perdoado.
Ele continua preso na Cadeia do Condado de Coconino e deve ser transferido para o Condado de Maricopa. As acusações pelo assassinato do pastor Bill ainda não foram formalmente apresentadas à Justiça.