
Em poucos dias, começa uma das festas mais profundas da Bíblia: Shavuot, também conhecida como a Festa de Pentecostes. Em 2025, ela será celebrada entre o pôr do sol de 1 de junho até o pôr do sol de 3 de junho.
Mas o que exatamente essa festa representa? O pastor Joel Engel explica: “Shavuot comemora a primeira e única vez em que o Criador do universo se revelou abertamente diante de um povo.”
O momento mais marcante da história de Israel aconteceu no Monte Sinai, durante Shavuot. Segundo a Bíblia, Deus mandou que o povo contasse sete semanas completas — 49 dias — a partir da Páscoa (Pessach). No 50º dia, Deus entregou os Dez Mandamentos e fez um pacto com seu povo, dando assim o início à celebração de Shavuot.
“Essa festa é marcada pelo encontro com Deus. Ela também é chamada de ‘festa do casamento com Deus’”, afirma o pastor Joel Engel.
Em sua ministração, Engel diz que Deus se apresentou a Israel como um marido se apresenta à noiva:
“Quando Deus dá o primeiro mandamento, Ele diz: ‘Eu sou o Senhor, o teu Deus’. Para entendermos essa mensagem, temos que ser poéticos. Deus se apresentou a Israel, que representa sua noiva, como marido — um marido que ama e tem ciúmes.”
E explicou: “A aliança deste matrimônio são os Dez Mandamentos, entregues através de Moisés. Quando Deus escolheu sua noiva, Ele estabeleceu algo muito importante: ‘Eu quero que você me coloque em primeiro lugar’. Honrar significa distinguir. Deus quer o primeiro lugar no seu coração”.
O temor pela presença de Deus
No Sinai, Deus se manifestou de forma tão poderosa que um grande temor tomou o povo.
Ao participar da ministração, Joel Engel Júnior, filho do pastor, explicou: “Quando o povo ouviu os Dez Mandamentos no dia que ficou marcado como Shavuot, muitos não entendem por que eles disseram para Moisés falar com Deus por eles. Foi porque tiveram medo.”
E continuou: “Quando Deus falou, o monte foi tomado por nuvens e trovões, e toda a terra tremeu. As pessoas tinham uma sensação tão real da presença de Deus a ponto do corpo não suportar. Segundo a tradição judaica, muitos ali realmente morreram.”
Júnior destacou que o povo não só ouviu — eles também viram as palavras de Deus. “A pedra onde foram escritos os Dez Mandamentos era feita de safira. Eles não apenas ouviram, mas viram as palavras de Deus sendo escritas. Eles viam as palavras à medida que Deus pronunciava um som muito forte, que os ouvidos mal suportavam”, detalha.
Deus é digno das primícias
O pastor Joel Engel lembra que Shavuot também é chamada de “Festa das Primícias”, porque coincide com a colheita dos primeiros frutos.
“A primícia é o primeiro fruto da lavoura. A coisa mais importante para Deus é o sinal de que você é fiel. Entregar ao Senhor as primícias da nossa renda é dar-Lhe honra. É distingui-Lo. É demonstrar o lugar especial que Ele ocupa em nossas vidas”, ensina Joel Engel.
Para ilustrar essa entrega, Joel traz uma analogia com os casamentos judaicos tradicionais:
“Quando o casal se conhece, eles selam um compromisso de casamento. O rapaz vai trabalhar por um ano e depois volta, construindo uma casa para eles morarem. O noivo costumava voltar para buscá-la de surpresa — como na parábola das dez virgens. E o encontro com a noiva já era para legitimar o casamento.”
O pastor ensina que o símbolo está diretamente ligado à festa de Shavuot: o povo de Israel é a noiva e Deus é o noivo, que faz promessas e espera por fidelidade.
“Quando Deus escolheu sua noiva, Ele estabeleceu algo muito importante: ‘Eu quero que você me coloque em primeiro lugar’. Honrar significa distinguir. Deus quer o primeiro lugar no seu coração”, declara o pastor.
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