Infâncias em risco: o Brasil diante do combate ao abuso e à exploração sexual”

Mesmo com avanços nas políticas públicas, o país ainda enfrenta altos índices de violência sexual contra crianças e adolescentes. Especialistas alertam: é preciso romper o silêncio e fortalecer a rede de proteção.

fonte: Guiame, Adriana Bernardo

Atualizado: Quinta-feira, 14 Setembro de 2023 as 12:54

Foto: Ilustração
Foto: Ilustração

 

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, nasceu como um marco de resistência e memória. A data foi instituída nos anos 2000, após o chocante caso de Araceli Cabrera Crespo, uma menina de apenas 8 anos sequestrada, violentada e assassinada em 1973, em Vitória (ES) — um crime brutal que permanece impune até hoje. Desde então, o 18 de maio se tornou símbolo de mobilização e alerta à sociedade sobre a necessidade de proteger nossas crianças e adolescentes contra toda forma de violência.

No entanto, mesmo após décadas de luta, ainda há retrocessos. Há 10 anos, a aplicação da Lei da Alienação Parentaltem se mostrado um instrumento que, muitas vezes, silencia vítimas e favorece abusadores, indo na contramão do verdadeiro espírito de proteção infantil.

Durante a pandemia, a realidade se agravou. Pesquisas realizadas nas redes sociais revelaram mais de 70 casos de crianças mortas nos primeiros meses de 2020, muitas delas após denunciarem abusos sofridos dentro do próprio lar. Uma estatística que choca e expõe a urgência de repensar como o país tem cuidado — ou deixado de cuidar — de suas infâncias.

👉 Leia a coluna na íntegra e entenda por que essa luta precisa continuar.

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