“A verdadeira identidade só nasce quando o ‘eu’ morre”, afirma pastor

Em mensagem pós-Escola Profética, Joel Engel usou a história de Jacó para ensinar sobre transformação e identidade espiritual.

fonte: Guiame, Luana Novaes

Atualizado: Sexta-feira, 19 Setembro de 2025 as 12:14

(Foto ilustrativa: Unsplash/Jurien Huggins)
(Foto ilustrativa: Unsplash/Jurien Huggins)

Após a Escola Profética 2025, realizada em Santa Maria (RS), o pastor Joel Engel trouxe, na quarta-feira (17) uma mensagem sobre a ativação do DNA espiritual que todo cristão carrega.

Na mensagem, Joel Engel usou a história de Jacó como exemplo de alguém que teve seu “DNA espiritual” ativado. Segundo ele, o DNA espiritual trata-se da essência que Deus colocou dentro de cada pessoa, uma identidade e um propósito que só podem se manifestar quando há uma mudança de dentro para fora.

Para ilustrar, Engel fez uma comparação com o casamento: “Um exemplo é o noivo e a noiva, quando estão na frente do altar para se casar. Enquanto eles estão ali, são solteiros. Mas quando fazem a promessa um ao outro, e o pastor diz ‘eu vos declaro marido e mulher’, isso muda a essência de quem eles são.”

O pregador ressaltou que essa mudança interior é indispensável: “Você precisa ter uma experiência de mudança aqui dentro. Sua essência tem que mudar.”

Engel explicou que, assim como Jacó precisou deixar sua antiga identidade para receber uma nova, todo cristão também precisa passar por esse processo. “Jacó precisava mudar e se tornar Israel. Israel só nasce quando morre Jacó.”

Mas por que, então, nem todos recebem a ativação do DNA espiritual? O pastor explicou que essa ativação não é automática, porque envolve responsabilidade diante de Deus. 

“Por que Deus não ativa o DNA espiritual de todas as pessoas que nascem? Porque quando esse DNA é ativado, vem a Shekinah de Deus e ele recebe o mesmo poder que foi derramado sobre os anjos, ou ainda mais.”

Segundo Engel, “Deus colocou algo a mais em nós do que nos próprios anjos” — mas esse processo só acontece quando deixamos a velha natureza. “Esse processo acontece quando morre o ‘eu’. Por isso que Jesus disse que é preciso nascer de novo — e esse novo nascimento é espiritual.”

A jornada de Jacó

O pastor relembrou que, humanamente, Jacó jamais seria o primeiro, já que era o segundo filho — “e a lei de Deus já determinava que o primeiro era aquele quem receberia a bênção da primogenitura.”

“Jacó sonhava em ser o sacerdote da casa. Sua mãe sabia que ele era escolhido, mas para que isso acontecesse, toda a lei teria que ser quebrada.”

Para Engel, Jacó não queria apenas bênçãos materiais, mas a função mais elevada que alguém poderia exercer em sua família: “Jacó sonhava em ser o sacerdote, o intercessor de sua família, aquele que apresentava as ofertas de sua casa a Deus.”

Contudo, ele lembrou que havia requisitos a serem cumpridos para que alguém fosse considerado sacerdote. “Para ser sacerdote havia alguns requisitos. Por exemplo, o homem não podia se unir a mulheres do mundo para não ser contaminado, mas Esaú não preencheu os requisitos.”

A contaminação do DNA humano

Engel fez um paralelo entre Jacó e a queda no Éden: “A serpente conseguiu contaminar o DNA de todos os seres humanos por causa de uma palavra. Quando Adão e Eva caíram, eles ouviram a serpente e a palavra lançada por ela mudou a essência de Eva.”

O pastor enfatizou que a tentação não tinha fundamento, porque o homem já havia sido criado com a plenitude de Deus. “Eles já tinham sido criados à imagem e semelhança de Deus; por que precisavam daquilo que a serpente oferecia — ‘sereis como Deus’? Afinal, eles já não sabiam quem eles eram?”

Segundo ele, essa é uma das maiores dificuldades da vida cristã: a perda da identidade. “Nós fomos treinados a não levar em conta quem somos.”

A verdadeira prosperidade 

Engel lembra que Jacó passou 14 anos em uma região onde serviam outros deuses, mas ainda assim voltou para sua terra sendo crente. “Depois desse período, Deus enviou um anjo e ativou em seu DNA a prosperidade que estava sobre Abraão e Isaque. Então, o Senhor derramou sobre Jacó a habilidade de adquirir e produzir riquezas”, observou.

Porém, o pastor foi enfático ao dizer que prosperidade não se resume a acumular bens. “A maior chave para a prosperidade se resume em três letras: dar.”

Ele ilustrou isso com o reencontro de Jacó e Esaú, lembrando que a reconciliação foi marcada por uma oferta. “Ao reencontrar seu irmão, ele o entrega uma ordeira. Quer acalmar o coração de alguém que está brigado com você? Dê uma oferta a ele.”

Para Engel, esse princípio também se reflete no maior ato de amor de Deus: “Foi isso o que Deus fez: quando estávamos longe Dele, Ele ofertou Jesus para termos amizade com Ele.”

Veja a pregação completa:

veja também