Os atores Kevin e Sam Sorbo dizem que a mídia desempenhou um “papel central” em ajudar a legalizar o aborto nos Estados Unidos em 1973 e encorajou os cristãos a combater as mentiras e a censura da grande imprensa e da big tech.
Juntos, os Sorbos compareceram à estreia do filme “Roe v. Wade”, realizada na Conferência de Ação Política Conservadora em 26 de fevereiro, onde compartilharam sua posição contra o aborto, a mídia e as rede sociais, após a decisão do Facebook de banir Kevin Sorbo de sua plataforma.
“Eu sou uma pessoa pró-vida, assim como minha esposa. Eu fiz muitas palestras pró-vida ao longo dos anos também. Estou aqui para apoiar um filme que gostaria de ter participado. Eu amo o que eles fizeram”, disse Kevin ao Christian Post.
“O que é incrível e triste para mim é que tantas pessoas acham que não há problema em matar bebês na gestação. Eles são bebês, são a vida; há um batimento cardíaco aos 22 dias”, enfatizou. “Alguns governadores estão até falando em matar bebês no minuto em que nascem. Acho tão horrível e maligno o que está acontecendo na América”.
Em 2019, o governador democrata da Virgínia, Ralph Northam, enfrentou reação após expressar seu apoio ao aborto tardio e parecer sugerir que também era a favor do infanticídio.
“[Os abortos no terceiro trimestre são] feitos nos casos em que pode haver deformidades graves. Pode haver um feto inviável. Portanto, neste exemplo específico, se uma mãe está em trabalho de parto, posso dizer exatamente o que aconteceria”, disse Northam, um neurocirurgião pediátrico, à estação de rádio WTOP de Washington. “A criança nasceria. O bebê seria mantido confortável. O bebê seria ressuscitado se isso fosse o que a mãe e a família desejassem. E então uma discussão ocorreria entre os médicos e a mãe.”
O filme “Roe v. Wade” é baseado nos eventos que levaram a uma das decisões mais polêmicas da Suprema Corte dos Estados Unidos, que legalizou o aborto em todo o país.
O longa, que chega aos cinemas dos EUA em 2 de abril, retrata a história “do que aconteceu de 1966 a 1973” que levou à decisão do tribunal de declarar inconstitucionais as leis estaduais que proibiam o aborto naquela época.
“Você não pode ser contra a escravidão e pró-escolha”, disse Sam Sorbo ao Christian Post sobre aqueles que defendem o aborto.
Mídia e mensagem pró-aborto
Um aspecto importante do filme é o papel que a mídia desempenhou durante o debate sobre o aborto, tanto antes quanto depois da decisão de Roe vs. Wade.
“A mídia conta a história, e as histórias são atraentes e condenadoras. Mas também são muito convincentes”, disse Sam. “Você verá no filme, a mídia desempenhou um papel central em toda esta saga, contando a história sobre uma jovem que era uma mentira absoluta; perpetuando esse mito de que não é um ser humano, que é um amontoado de células, e que a jovem nunca terá que pensar nisso novamente. Nada disso é verdade.”
Sam ainda sugeriu que “cabe à nova mídia recontar a história com a verdade e com os fatos”.
O filme é contado da perspectiva do Dr. Bernard Nathanson, que já foi considerado o “rei do aborto” por realizar mais de 70.000 procedimentos. Mais tarde, ele reconheceu o valor humano do nascituro e se afastou da prática de abortos, expondo também todos os enganos que ajudaram o caso de Jane Roe na Suprema Corte.
Em seu livro de 1983, The Abortion Papers: Inside the Abortion Mentality (“Os Papéis do Aborto: Por Dentro da Nentalidade do Aborto”, em tradução livre), Nathanson escreveu que ele e sua equipe forneceram dados enganosos à mídia.
“Sabendo que, se uma votação verdadeira fosse realizada, seríamos totalmente derrotados, simplesmente fabricamos os resultados de pesquisas fictícias”, detalhou. Em uma ocasião, ele afirmou enganosamente que 60% dos americanos eram a favor do aborto.
Nathanson e Lawrence Lader também mentiram sobre o número de abortos ilegais que eram realizados anualmente nos EUA naquela época — o número real era de cerca de 98.000, Nathanson compartilhou em seu livro.
“O valor que demos à mídia repetidamente (e o valor no livro de Lader) foi de um milhão”, escreveu ele.
Um recurso de checagem de fatos no site do filme Roe v. Wade revelou que eles também mentiram sobre o número de mulheres que morriam anualmente de abortos ilegais. De acordo com Nathanson, o número real de mulheres que morreram foi 250, mas o número que informaram à mídia foi de até 10.000. A falsa narrativa foi espalhada por empresas de notícias voluntárias, que nunca questionaram os dados que estavam recebendo.
Para mais informações, visite o site do filme Roe v. Wade no movie.com (disponível em inglês).