Os suspeitos colocaram, durante a noite, meia dúzia de pequenas bandeiras em diferentes locais na Igreja Batista Ebenezer.
Este foi o mais recente ato de provocação envolvendo o símbolo da Guerra Civil, atualmente visto por muitos como um símbolo da supremacia branca, desde que os nove membros da comunidade negra de Charleston foram mortos a tiros por um jovem branco durante um estudo bíblico na Carolina do Sul.
O chefe de polícia de Atlanta, George Turner, considerou o ato um crime de ódio. "Obviamente, colocar bandeiras confederadas neste local histórico é classificado como um crime de ódio"
Para o Reverendo Raphael Warnock, pastor da Igreja Batista Ebenezer, esta foi uma ameaça terrorista. "Este ato, cometido por indivíduos covardes, é no mínimo provocativo. Isso deve chamar a atenção não só dos negros, mas das pessoas que amam a liberdade", disse ele.
Luther King pregou na Batista Ebenezer quando a região era um movimentado centro comercial para os negros de Atlanta. Hoje em dia, a área é o lar do novo prédio da igreja histórica e do Centro Martin Luther King Jr. O local é próximo a casa dos avós do pregador, onde ele viveu durante os primeiros 12 anos de sua vida.
"Foi perturbador e repugnante, mas, infelizmente, não foi surpreendente", disse Warnock sobre o último incidente. "Nós já vimos isso antes."
Há cerca de dois anos, uma bandeira confederada foi colocada sobre o túmulo de King e sua esposa, Coretta, localizado no outro lado da rua da igreja, lembrou Warnock, que não conseguiu dizer com precisão quando isso aconteceu.