Membros de uma igreja evangélica em Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, precisavam fazer o culto de domingo no porão do templo para escapar dos bombardeios das forças russas, que se intensificaram neste final de semana.
Mariupol, localizada a sudoeste do país, está sendo alvo de forte ataque e seu porto já está cercado por soldados russos. Cerca de 200 mil civis estão tentando fugir do município através de corredores humanitários, mas a operação fracassou e foi interrompida, após a quebra do cessar-fogo.
A Igreja Batista Central é um dos poucos edifícios que ainda permanecem intactos. Na manhã de domingo (6), com o fechamento do corredor humanitário, mais de 75 pessoas se reuniram no porão da igreja para cultuar a Deus em meio à guerra.
Segundo a filha do pastor fundador, o templo foi construído em 1990 e, na época, muitos reclamaram que o porão era muito grande. Mas, hoje, com Mariupol sitiada, o espaço tem servido de abrigo aéreo para a congregação batista.
This morning (3/6/2022) worship took place completely in the church basement as the city of Mariupol remains under siege. Here is a video of their worship. They want this for Christ and the Church shared so let’s do it! 4/4 pic.twitter.com/VyX6F2k4kc
— Eric Costanzo (@eric_costanzo) March 6, 2022
A Igreja Batista na cidade de Izyum não teve o mesmo desfecho que sua igreja irmã. Localizada perto dos combates na região de Kharkiv, a congregação serviu aos refugiados até ser atingida por um projétil russo e pegar fogo, neste domingo (6). Agora, a maioria dos membros estão evacuando para o oeste da Ucrânia.
Apesar do ataque cruel que estão sendo alvos, as igrejas ucranianas permanecem confiando em Deus e decididas a não desistir de sua missão.
“A tarefa mais importante para a igreja agora é continuar pregando. As igrejas se tornaram um farol de esperança”, declarou o pastor local Rakhuba. “Mas oramos e trabalhamos – com esperança e fé – para que Deus prevaleça e revele sua glória na Ucrânia”.
Ivan Rusyn, outro líder cristão em Kiev, profetizou: “Podemos perder nosso campus, mas depois de um conflito há uma chance de construir de novo. As igrejas evangélicas se tornarão mais fortes e parte integrante de nossa sociedade”.