“Deus transforma qualquer obstáculo em bênção”, diz mãe de criança com deficiência rara

A filha de Carissa Corson foi diagnosticada com a Síndrome de Wolf-Hirschhorn, uma mutação genética rara.

fonte: Guiame, com informações do Faithwire

Atualizado: Segunda-feira, 18 Fevereiro de 2019 as 5:04

Carissa Beard Corson e sua filha, Ava, que foi diagnosticada com a Síndrome de Wolf-Hirschhorn. (Foto: Arquivo pessoal)
Carissa Beard Corson e sua filha, Ava, que foi diagnosticada com a Síndrome de Wolf-Hirschhorn. (Foto: Arquivo pessoal)

Depois do nascimento da pequena Ava, Carissa Beard Corson aprendeu a viver a vida em abundância independentemente da circunstância.

Ela engravidou de sua segunda filha em janeiro de 2011 e teve que lidar com notícias ruins a cada ultrassom. A bebê foi diagnosticada com a Síndrome de Wolf-Hirschhorn, uma mutação genética rara causada pela deleção do cromossoma 4.

“A síndrome de Wolf-Hirschhorn possui muitas características, mas algumas das mais comuns são a estatura extremamente baixa, atrasos mentais e físicos, convulsões, problemas gastrointestinais, características faciais anormais, imunodeficiência e anomalias nos órgãos. Estaticamente, 33% das crianças com esta síndrome não atingirão seu segundo aniversário”, relatou Carissa ao site Faithwire.

“Nós ficamos em choque total”, acrescentou. “Isso não parecia com o ‘tudo vai ficar bem’ que eu tinha ouvido de Deus. De forma egoísta, eu pensei: ‘Coisas assim não acontecem com a gente; talvez outras pessoas, mas não conosco”.

Mesmo sentindo uma tristeza profunda, Carissa e seu marido, Jeremy, se fortaleceram em sua fé, acreditando que “Deus tinha um plano para essa criança e nossa família”.

Ava nasceu em setembro e passou 9 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ela tinha uma deficiência no coração, não conseguia comer em quantidades suficientes e vomitada quase toda a comida.

“Os primeiros meses foram difíceis para mim emocional e espiritualmente. As pessoas costumam dizer que os bebês apenas comem, dormem e sujam fraldas. Mas Ava fez muito pouco dessas coisas, o que preocupa uma mãe até a morte, a estressa ao máximo e traz um sentimento de falha. Mantê-la viva era um trabalho 24/7”, contou a mãe.

Momentos de dúvida

Carissa sentia a dor de saber que o futuro da filha não seria normal, assim como a vida de sua família. Nos primeiros meses da vida de Ava, ela confessa que sentiu raiva de Deus. “Por que isso tem que acontecer comigo? Você é mesmo real? Se Você é real, não deve estar amando permitir que isso aconteça”, questionou.


Carissa Corson junto com o marido, Jeremy, e os três filhos. (Foto: Arquivo pessoal)

Preocupado com a esposa, Jeremy chamou o pastor para encorajá-la. “Eles perderam recentemente seu filho único e, embora as circunstâncias fossem diferentes, eles usaram sua ferida para me consolar. Sabendo que eu não estava sozinha em minha dor, e lembrando de tudo que eu sabia sobre Deus, consegui me livrar do meu desespero”, ela conta.

Certo dia, enquanto orava e segurava Ava para alimentá-la, Carissa ouviu a voz de Deus: “Eu a amo mais do que você imagina. Eu dei vida a ela e posso tirar. Eu dei Ava a você para que sua situação me glorificasse”. A partir disso, ela entendeu que a vida de sua filha não estava em suas próprias mãos, mas nas de Deus.

Hoje o quadro clínico de Ava teve grandes avanços: o buraco que havia em seu coração se fechou por conta própria, ela passou a se alimentar por um tubo, sua imunidade foi fortalecida e sua capacidade física também se desenvolveu.

“Ava é muito sociável. Seu sorriso tímido e sedutor conquista os corações e ela adora ficar de mãos dadas com qualquer um. Ela tem um espírito gentil, é amorosa e quase sempre está satisfeita. Ela é aluna da primeira série e faz terapia física, ocupacional e fonoaudiológica na escola”, disse Carissa.

Com sua experiência de vida, Carissa deixa aos pais uma mensagem: “Deus está pronto e disposto a pegar qualquer obstáculo que você tiver e transformá-lo em uma bênção. Você só tem que se render a Ele e permitir que Ele faça o Seu trabalho”.

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