Escola é criticada após cancelar culto de Páscoa por “respeito pela diversidade”

Após cancelar o culto de Páscoa, a diretora da Escola Primária Norwood causou polêmica nas mídias sociais.

fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Atualizado: Terça-feira, 25 Março de 2025 as 4:04

A fachada da escola. (Foto: Reprodução/Facebook/Hampshire and Low News)
A fachada da escola. (Foto: Reprodução/Facebook/Hampshire and Low News)

Uma escola no Reino Unido está sendo criticada após cancelar as comemorações de Páscoa alegando “respeito pela diversidade”. 

Stephanie Mander, diretora da Escola Primária Norwood em Eastleigh, Hampshire, informou a decisão da instituição por meio de um e-mail aos pais.

Segundo ela, o cancelamento do Desfile de Bonés de Páscoa e o culto de Páscoa anuais tem como objetivo “promover a inclusão e garantir que a escola honrasse as diversas crenças de seus alunos e famílias”.

“Ao não realizar celebrações religiosas específicas, pretendemos criar uma atmosfera mais inclusiva que honre e respeite as crenças de todas as nossas crianças e suas famílias. Agradecemos sua compreensão e apoio enquanto fazemos essa transição”, disse a diretora na carta.

A medida gerou uma série de críticas nas redes sociais e a mobilização de um protesto contra a decisão de Stephanie.

“A Srta. Mander está se preparando para cancelar o Natal também?”, questionou um internauta.

E outra acrescentou: “Eu não entendo. Os pais sempre tiveram a opção de não comparecer. A escola sempre foi diversa e receptiva a todos”.

“Muitos dos meus amigos e familiares no Facebook tiraram um tempo para enviar uma mensagem à Norwood Primary School em Eastleigh sobre a decisão da diretora de cancelar as celebrações da Páscoa na escola em nome da inclusão. Isto é vergonhoso”, declarou a cristã Nicky Lewis.

E continuou: “Para todas aquelas pessoas que dizem que não se importam que um culto de Páscoa da escola tenha sido cancelado, vejam o que acabou de acontecer em Bolton. Uma igreja agora é uma mesquita. Seja você religioso ou não, se não usarmos nossas igrejas, nem que seja para apreciar a sua beleza, vamos perdê-las para as mesquitas”.

Conforme o portal britânico Hampshire and Low News, após a polêmica, um protesto contra a decisão da diretora foi marcado para o dia 3 de abril e ocorrerá fora dos portões da escola.

Sobre isso, Stephanie declarou: “Estamos cientes das preocupações sobre potencial atividade de protesto e queremos garantir que estamos trabalhando com a polícia para monitorizar a situação de perto”. 

“Todas as crianças estão seguras na escola, e nós temos processos de proteção fortes que são seguidos em todos os momentos”, acrescentou.

Contradição 

A decisão de cancelar os eventos de Páscoa contradiz a própria política da escola sobre a celebração de festivais religiosos. 

De acordo com o site da instituição, datas religiosas e culturais incluindo Natal, Páscoa, Eid (celebração islâmica) e Diwali (celebração hindu), são tipicamente “celebradas juntas”.

“Nesses momentos, a escola recebe membros da comunidade escolar mais ampla para liderar assembleias e atividades de aprendizagem com as crianças para compartilhar suas crenças com elas”, informou o site da instituição.

Ainda sobre o cancelamento das celebrações de Páscoa, a diretora relatou: "Para deixar claro, tal como acontece com outras festas religiosas, as crianças continuam a aprender e a celebrar a Páscoa, tanto educacionalmente nas nossas lições, como nas nossas assembleias durante todo o meio período. As crianças também continuarão participando de atividades artesanais de Páscoa muito apreciadas à medida que nos aproximamos do fim do período".

Embora as celebrações da Páscoa tenham sido canceladas, a escola planeja marcar a “Semana do Refugiado” em junho — um evento que se concentra nas experiências dos refugiados e promove a conscientização sobre seus desafios.

“Uma das maneiras pelas quais celebraremos a inclusão é participando da Semana do Refugiado, que ocorre em junho, e também iniciando nossa jornada para nos tornarmos uma Escola de Santuário credenciada”, compartilhou a escola no e-mail.

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