
A britânica cujo filho recentemente apareceu em um vídeo de execuções do Estado Islâmico teria sido, anos atrás, uma cristã dedicada, que tinha prazer em ir à igreja, segundo relatos do pai da moça.
Em entrevista ao 'The Sun', Sunday Dare, pai da jovem Grace de 25 anos de idade - que agora atende pelo nome de Khadijah - disse que: "Ela era religiosa. Ela lia a Bíblia e orava o tempo todo".
"Nós a chamávamos de Grace por causa do hino 'Amazing Grace' ('Preciosa Graça')", relatou.
"Ela ia à igreja toda semana, sem falta, talvez até três vezes na semana. Ela estava sempre sorrindo e cantando na igreja, se sentava nos bancos da igreja com todos os adultos".
Khadijah nasceu em Lewisham, no sudeste de Londres e se converteu ao islamismo em 2010, quando tinha cerca de 15 anos. Acredita-se que ela tenha sido doutrinada via internet. Ela fugiu para a Síria em 2012, quando já estava com seu filho, Isa.
Lá, ela se casou com um militante do Estado Islâmico, chamado Abu Bakr - o qual já teria sido morto em combate.
Khadijah disse nas mídias sociais que ela quer ser a primeira mulher britânica a matar um refém do Estado Islâmico.
O pequeno Isa apareceu em um vídeo de 10 minutos do EI, divulgado pelo grupo militante na semana passada. O vídeo intitulado "Uma Mensagem para David Cameron" (primeiro ministro da Inglaterra) mostrou a execução de cinco reféns do grupo terrorista.
Agora apelidado de "Jihad Júnior", o pequeno Isa - que hoje tem cerca de quatro anos de idade - disse no vídeo: "Vamos matar os Kuffars [não crentes]".
Sunday acusou o Estado Islâmico do usar seu neto como um tipo de "escudo".
Ele disse à emissora 'Channel 4': "Ele é meu neto. Eu não posso negar a ele que eu o conheço muito bem. Eles estão apenas usando um pequeno menino. Estão apenas usando-o como um escudo".