No último domingo (13), um homem matou duas mulheres e feriu gravemente dois homens ao abrir fogo em uma igreja em Kentucky, nos Estados Unidos. Ele foi morto no local após a intervenção da polícia, que afirmou que o suspeito tinha um longo histórico criminal.
Beverly Gumm, de 72 anos, e sua filha, Christina Combs, de 34, foram mortas na Igreja Batista Richmond Road a tiros depois que Guy House, de 47 anos, iniciou um tiroteio na igreja após atirar e ferir um policial estadual no Aeroporto Blue Grass, em Lexington.
Antes da chegada dos policiais à igreja, Guy atirou em quatro pessoas. Ele foi morto em seguida pelos agentes que chegaram ao local.
Star Rutherford, uma das filhas de Beverly e irmã de Christina, contou ao Lexington Herald Leader que ela e a mãe estavam preparando o almoço no salão da igreja quando Guy entrou pela porta dos fundos e perguntou por outra de suas irmãs.
Ao ser informado de que a mulher que procurada não estava no local, Guy atirou em Beverly e em seguida em Christina. Ele também atingiu o marido de Beverly e pastor de longa data da igreja, Jerry Gumm, e o marido de Christina, Randy Combs. Ambos os homens estavam em estado crítico no hospital da Universidade de Kentucky.
“A violência de ontem foi uma tragédia e impactou muitas pessoas em nossa comunidade com a perda da Sra. Gumm e da Sra. Combs, as outras vítimas que sofreram ferimentos, incluindo um policial estadual do Kentucky, suas famílias, a família da Igreja Batista de Richmond e muitos outros. Nós nos juntamos a eles e à comunidade para lamentar esta tragédia”, disse o chefe de polícia de Lexington, Lawrence Weathers em uma coletiva de imprensa.
‘Morreram servindo ao Senhor’
Segundo Lawrence, Guy "pode ter tido uma conexão com os indivíduos da igreja", mas a motivação para o tiroteio ainda não foi revelada.
No Facebook, Angel Rutherford, filha de Beverly e irmã de Christina, compartilhou: "A vida é tão preciosa, então mantenha sua família e sua fé por perto, porque você nunca sabe quando eles irão embora para sempre".
A irmã, Star Rutherford disse que a mãe tinha oito filhos e a descreveu como "membro fiel da igreja que amava a Deus". A outra filha, Dasey “Patches” Rutherford, se lembrou da mãe como alguém que amava alimentar "moradores de rua, viciados em drogas e estranhos".
E Rachel Barnes contou que Christina era mãe de cinco filhos, incluindo um bebê de 6 meses e estava cursando enfermagem. Rachel destacou que tanto a mãe quanto a irmã morreram fazendo o que amavam: “servindo ao Senhor”.
‘Precisamos orar por um mundo melhor’
Natural de Lexington, Guy tinha mandados de prisão em aberto e um extenso histórico criminal, segundo registros judiciais. Ele já havia sido acusado de violência doméstica, agressão, roubo, perigo intencional, porte ilegal de arma de fogo por ser um criminoso condenado e violação de liberdade condicional.
Na última segunda-feira (14), o governador do Kentucky, Andy Beshear, chamou o tiroteio de "devastador”:
"A ideia de que você pode estar na igreja em um domingo e ser submetido à violência é antitética ao que nosso país é, e todos nós precisamos orar por um mundo muito melhor".
A investigação sobre os tiroteios está em andamento e liderada pela Polícia Estadual do Kentucky.
