Mais de 650.000 pessoas marcharam no último sábado (4) pelas principais ruas de Buenos Aires para contra a legalização do aborto na Argentina. Os números foram estimados pela organização do movimento.
Evangélicos e católicos se reuniram em torno do palco onde houve momentos de louvor e orações pelas famílias, senadores, bebês que estão para nascer e mães que estão em conflito, de acordo com o site Clarín.
Também foram lidos documentos religiosos e civis que reivindicavam uma melhoria na lei de adoção que ampare a mãe "desde a concepção", no caso das gestações que sejam resultado de estupros.
A votação definitiva será feita pelo Senado da Argentina nesta quarta-feira (8), depois que o projeto de lei foi aprovado em junho na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, centenas de igrejas e organizações pró-vida têm unido forças para combater a descriminalização do aborto.
A Aliança Cristã das Igrejas Evangélicas da República Argentina (Aciera), organizadora da campanha “Vamos salvar duas vidas”, declarou em nota que “o aborto não é uma política de saúde porque não pretende curar, mas sim causar a morte”.
Cristãos se uniram em oração pelas famílias da Argentina, em marcha contra o aborto. (Foto: Fernando De La Orden)
“Todo mundo fala sobre o aborto, mas os pastores evangélicos são quem lidam com a mulher que não quis a gravidez e fez o aborto”, disse o presidente da Aciera, Ruben Proiettie. “Ninguém fala sobre a síndrome pós-aborto”.
Proietti destacou que o papel das igrejas evangélicas é receber as mulheres grávidas, “mostrar o valor da vida e dar apoio total”. “Várias igrejas têm um sistema de acolhimento para a gravidez indesejada, todos com dinheiro das igrejas, sem nenhuma assistência social”, disse ele à rede argentina Todo Noticias.
O pastor Osvaldo Carnaval, um dos promotores da marcha, deixou claro que os políticos que promoverem as leis de aborto não poderão mais contar com o apoio da igreja. “Precisamos ouvir a voz da vida nascer”, afirmou