Médico explica como oração é recebida pelo cérebro: ‘Não são só palavras’

Neurocientista afirma que a maneira como oramos influencia diretamente áreas cerebrais ligadas à transformação e ao bem-estar.

fonte: Guiame

Atualizado: Terça-feira, 22 Julho de 2025 as 9:49

O neurologista Denis Birman. (Captura de tela/Instagram/drdenisbirmanneuro)
O neurologista Denis Birman. (Captura de tela/Instagram/drdenisbirmanneuro)

Em um vídeo publicado no Instagram, o neurologista Denis Birman explicou como a oração, mais do que palavras, é um estímulo profundo ao cérebro humano e como o órgão responde a esse momento espiritual.

Segundo o especialista, o cérebro não se limita a decodificar palavras, ele responde às emoções e estados internos que as acompanham.

"Para o Criador, não deve ter tanta diferença a forma como você ora, mas para a neurociência, sim", explica.

O especialista explica que o cérebro não reage apenas às palavras ditas, mas às emoções vividas durante a oração. “Se você ora com ansiedade, medo ou pressa, o sistema límbico é ativado, e isso reforça redes de medo e não de plasticidade”, destaca.

Por outro lado, orações feitas com gratidão, presença e verdadeira confiança no Criador ativam regiões cerebrais relacionadas ao desenvolvimento pessoal e à saúde emocional.

“Você ativa o córtex pré-frontal dorsolateral, mas você ativa redes neurais associativas da verdadeira transformação que a oração faz no teu cérebro”, explica o neurologista.

Birman também compartilhou dicas práticas inspiradas na neurociência para o momento da oração: “Antes de pedir, agradeça; antes de falar, respire; antes de se desesperar, confie”.

Segundo ele, essas atitudes simples não apenas modificam a química cerebral, mas também potencializam os efeitos positivos da oração.

Poder da Oração

O neurologista destaca ainda que "aquilo que você alimenta, cresce", e lembra que o cérebro humano não foi feito apenas para reagir ao caos, mas criado para gerar calma, clareza e direção.

Ele cita estudos do pesquisador Andrew Newberg, publicados na revista Medical Hypotheses (2003), que comprovam que a oração fortalece áreas do cérebro responsáveis pelo foco, empatia e autocontrole. “Orar não é apenas um ato de fé… é também fisiologia”, reforça.

Segundo Birman, a oração é uma ferramenta poderosa para lembrar quem somos, alinhar o coração à mente e silenciar a confusão.

Ele conclui com uma sugestão prática: “Hoje, antes de dormir, interrompa tudo, feche os olhos e fale — do seu jeito mesmo. Mas fale. O que sai da sua boca transforma a sua mente”. Uma prática que, segundo ele, é comprovada cientificamente e validada espiritualmente.

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