
Para abordar a relação entre religião e ciência, o programa CNN Sinais Vitais, conduzido pelo médico Roberto Kalil, apresentou uma discussão que desafia a visão tradicional de conflito entre as duas áreas.
O programa contou com a participação de Alexander Moreira Almeida, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Wagner Gattaz, também professor de psiquiatria na Universidade de São Paulo.
Conforme destacado em publicações científicas recentes, incluindo um artigo na renomada revista Nature, há um interesse crescente em investigar como a espiritualidade se manifesta no cérebro e impacta a saúde mental e física das pessoas.
Essa evolução tem motivado a proposta de estabelecer uma nova área de estudo: a neurociência da religião.
Almeida ressaltou a presença da espiritualidade nas diversas culturas humanas. Ele enfatizou a necessidade de estudar esses fenômenos com rigor científico:
“É importante, quanto cientistas, tentar entender esse fenômeno. Não podemos negá-lo e nem a priori acharmos que temos uma explicação pronta para isso.”
Neurociência como ferramenta de estudo
Os pesquisadores defendem que a neurociência tem o potencial de ser uma ferramenta fundamental para explorar e compreender as experiências espirituais e religiosas.
Ao analisar como o cérebro interpreta essas experiências, os cientistas buscam alcançar uma compreensão mais ampla da mente humana e de sua conexão com conceitos transcendentais.
Segundo os especialistas, a abordagem interdisciplinar visa não só esclarecer os aspectos da espiritualidade humana, mas também impulsionar o progresso do conhecimento neurocientífico como um todo.