Papua Nova Guiné declara que é um país cristão em sua Constituição

O Parlamento papua-neoguineense aprovou uma emenda constitucional que reconhece Deus como Criador e Sustentador da nação.

fonte: Guiame, com informações de Radio New Zealand e PNG Haus Bung

Atualizado: Sexta-feira, 21 Março de 2025 as 11:54

O Primeiro-ministro de Papua Nova Guiné. (Foto: Reprodução/YouTube/ 9 News Australia).
O Primeiro-ministro de Papua Nova Guiné. (Foto: Reprodução/YouTube/ 9 News Australia).

O Parlamento de Papua Nova Guiné aprovou uma emenda constitucional que reconhece o país da Oceania como uma nação cristã.

A medida foi tomada no dia 12 de março, após uma votação dos parlamentares, com 80 votos a favor e apenas quatro contra, segundo a Radio New Zealand.

A emenda introduz uma declaração no início da Constituição, que afirma: "(Nós) reconhecemos e declaramos Deus, o Pai; Jesus Cristo, o Filho; e o Espírito Santo, como nosso Criador e Sustentador de todo o universo e a fonte de nossos poderes e autoridades, delegado ao povo e a todas as pessoas dentro da jurisdição geográfica de Papua Nova Guiné”.

O primeiro-ministro de Nova Papua Guiné, James Marape, que foi um defensor da medida, celebrou a vitória no Parlamento.

"Estou feliz. Esta emenda constitucional finalmente reconhece nosso país como um país cristão. Isso reflete, na forma mais elevada, o papel que as igrejas cristãs desempenharam em nosso desenvolvimento como país”, afirmou ele.

Antes da sua aprovação, a emenda foi discutida por diversas vezes pela Comissão de Reforma da Lei Constitucional em 2022, com a participação de comunidades, igrejas e grupos da sociedade civil de todo o país. A mudança ganhou amplo apoio da sociedade.

Contribuição das igrejas

James Marape ressaltou a contribuição das igrejas para a unidade e o desenvolvimento de Nova Papua Guiné ao longo de sua história.

"Com tanta diversidade, línguas, culturas associadas e afiliações tribais, ninguém pode contestar o fato de que as igrejas cristãs ancoraram a unidade e a união de nosso país", declarou.

Ele ainda lembrou do papel da Igreja na ajuda social em regiões onde os serviços do governo são limitados.

“As igrejas precedem o governo em muitas áreas, onde o governo está ausente, as igrejas estão lá”, comentou.

“Igrejas e missionários estiveram aqui bem antes de 1975, o primeiro deles há mais de 150 anos, e continuam aqui até hoje, e continuarão trabalhando e ajudando o nosso povo”.

O primeiro-ministro observou que a nova emenda não afeta os direitos dos cidadãos que praticam outras religiões. 

A Seção 45 da Constituição do país, que garante a liberdade de consciência, pensamento e religião, permanece inalterada.

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