Primeiro-ministro do Paquistão nega existência de Jesus e critica blasfêmias contra o Islã

Imran Khan deu as declarações enquanto tentava justificar os atos violentos de extremistas islâmicos contra cristãos.

fonte: Guiame, com informações da CBN News

Atualizado: Quinta-feira, 6 Dezembro de 2018 as 9:23

Imran Khan é o primeiro-ministro do Paquistão e tem militado para justificar o extremismo islâmico no país. (Foto: Reprodução)
Imran Khan é o primeiro-ministro do Paquistão e tem militado para justificar o extremismo islâmico no país. (Foto: Reprodução)

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan fez declarações polêmicas ao final de novembro, alegando que "não há menção" de Jesus na história e encorajar "leis mais rigorosas contra as blasfêmias" aos islamismo.

Khan fez fez as afirmações e no dia 20 de novembro, que marca o aniversário de Maomé. Durante o discurso, ele explicou que reconhece a existência de "outros profetas de Alá" na história, mas não vê qualquer menção de Jesus.

"Havia outros profetas de Alá [além de Maomé], mas não há menção deles na história humana. Há menção insignificante deles. Moisés é mencionado, mas não há menção de Jesus na história", disse ele, de acordo com uma tradução publicada pelo Instituto 'Middle East Media Research'.

"Mas a vida inteira de Maomé, que foi o último profeta de Alá, é faz parte da história", acrescentou Khan.

O primeiro-ministro também falou sobre os esforços do Paquistão para reprimir a blasfêmia fora do país. No Paquistão, insultar Maomé é um crime digno de morte.

Khan elogiou seu ministro das Relações Exteriores por seu envolvimento com o cancelamento de um concurso de desenho animado de Mohammad, na Holanda, no início deste ano.

Ele também disse que o lobby do Paquistão na Organização da Cooperação Islâmica e nas Nações Unidas tem trabalhado para combater a blasfêmia nos países ocidentais. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por exemplo, confirmou no mês passado a condenação na corte austríaca de uma uma mulher que comparou apontou Maomé como pedófilo por ele ter se casado com uma criança de 6 anos. Khan elogiou o tribunal por ter condenado a mulher.

"Algo aconteceu que nunca havia acontecido antes. A Corte de Direitos Humanos da União Européia disse pela primeira vez que você não pode ferir a religião de alguém sob o pretexto de liberdade de expressão, e especialmente disse que você não pode blasfemar contra a honra de Maomé", disse ele.

Violência

Enquanto isso, ele também disse que os protestos violentos como resposta à blasfêmia constra o Islã são mal interpretados pelo Ocidente.

"A cada poucos anos, em algum país ocidental, nosso querido profeta é blasfemado e desonrado. Qual é a conseqüência disso? Os muçulmanos ficam irritados. Nós saímos às ruas em protesto, [os manifestantes] quebram as coisas em nosso país ... Isso permite inimigos dos muçulmanos dizerem às pessoas no Ocidente: 'Veja, o Islã é uma grande religião que espalha a violência", disse ele. "Eles têm a oportunidade de espalhar propaganda contra o Islã".

O discurso do primeiro-ministro ocorre em um momento em que muçulmanos radicais no Paquistão pedem o assassinato de Asia Bibi, uma mulher cristã acusada injustamente de insultar Maomé.

A atitude de extremistas islâmicos em reação a este caso tem atingido níveis violentos, enquanto eles arrancaram cristãos de seus carros e os espancaram para intimidar o exercício da fé em Jesus no país.

Ela foi recentemente absolvida de todas as acusações, mas permanece em perigo enquanto ela e sua família procuram asilo no Ocidente.

Extremistas radicais também pedem a execução dos juízes do Supremo Tribunal do Paquistão que a libertaram.

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