Dra. Damares Alves e Roberto de Lucena são conhecidos por militar - entre outras causas - contra o infanticídio indígena, no Brasil (Foto: Facebook)
Nesta quarta-feira (26), a Câmara dos Deputados deve votar a Lei Muwaji (PL 1057/2007), que tipifica o infanticídio indígena como crime. O projeto é de autoria do deputado Henrique Afonso (PV - AC).
Em sua página oficial do Facebook, o secretário de turismo de São Paulo, Roberto de Lucena destacou sua satisfação em ver o progresso desta proposta a caminho de sua aprovação, junto à postagem de uma foto dele ao lado da advogada, Dra. Damares Alves - também conhecida por sua militância em favor das crianças indígenas.
"Vim a Brasília apoiar na articulação. Vem ao plenário hoje. Rendo aqui minhas homenagens a Henrique Afonso, cuja voz profética faz falta nesta Casa do Povo. Rendo aqui minhas homenagens aos povos indígenas e de maneira especial às mães indígenas. É justo dizer que a maioria das etnias já há muito abandonou essa prática", disse.
"Celebro esse dia! Agradeço a Deus, que por meio do povo de São Paulo, me deu a honra e o privilégio de aqui estar e viver essa experiência emocionante".
Em sua postagem, o Lucena ainda destacou a triste realidade de crianças indígenas, que são mortas por suas próprias famílias após o nascimento, por terem algum tipo de má-formação congênita. A deficiência é considerada uma "maldição espiritual" em muitas culturas indígenas.
"São 3.000 a cada década. Quebramos o silêncio no Congresso Nacional na última legislatura e muito defendi a sua aprovação. A Dra Damares Alves, minha amiga e irmã, que inclusive já esteve chefiando o nosso gabinete, foi e tem sido uma grande e dedicada lutadora pela causa", destacou.
A luta de Roberto de Lucena contra o infanticídio e outros desrespeitos ao direito à vida fazem parte de sua carreira política. Além de militar contra o infanticídio indígena, ele também integra a Comissão Parlamentar Mista para Refugiados e Ajuda Humanitária - que tem como objetivo apoiar as minotias étnicas e religiosas, vítimas das perseguições e guerras promovidas por extremistas em todo o mundo.
Para Lucena, mesmo que o PL 1057/2007 ainda não tenha sido aprovado, os avanços no processo de aprovação da lei são motivos para comemorar.
"O simples fato de ser discutido e votado, independentemente do resultado, no plenário de um dos mais importantes parlamentos das Américas, já representa, em si, uma grande vitória!", finalizou.