Solange Couto fala sobre filme Metanóia: ‘a oração de uma mãe a Deus sempre será ouvida’

Solange falou ao Guiame sobre sua atuação no filme, as experiências marcantes durante as gravações na Cracolândia e a relação entre a mãe e a oração.

fonte: Guiame, por Luana Novaes

Atualizado: Quinta-feira, 23 Abril de 2015 as 9:03

 

No filme Metanóia, produzido pela 4U Films em parceria com a Cia Nissi de artes cristãs, a atriz Solange Couto interpretou Clara, mãe de Cadu – um viciado em crack que fez da Cracolândia sua nova residência. O filme será estreado no dia 14 de maio, nos cinemas.

Em entrevista exclusiva ao Guiame, Solange falou sobre sua atuação no filme, as experiências marcantes durante as gravações na Cracolândia e a relação entre a mãe e a oração.

Guiame: A experiência de gravar na Cracolândia deve ter sido muito marcante não apenas no sentido profissional, mas também no pessoal. O que você tomou como aprendizado depois do filme?

Solange Couto: Marcante e doloroso trabalhar e estar naquele lugar, porque a gente sabe como devem ser as coisas mas não vê, porque não se vai, não se tem acesso sempre. Foi a única vez que tive esse tipo de acesso tão direto com esse tipo de ambiente. É doloroso dizer, enquanto pessoa e enquanto mãe, quão duro é aquilo tudo, a energia é ruim, o lugar, ver as pessoa ali. Enquanto atriz eu tive a oportunidade de, com o meu trabalho, mostrar dentro do meu limite o que uma mãe pode estar sentindo. É claro que eu jamais conseguiria mensurar o tamanho da dor de uma mãe de verdade, mas eu dei o meu máximo porque eu troco muito com os meus personagens, então eu dei espaço para ela, acho que passei essa dor. Foi muito evolutivo enquanto ser humano e também como profissional.

Guiame: Então no filme, enquanto retratou Clara, mãe de Cadu, você vivenciou mais o lado sentimental de uma mãe que tem um filho que é dependente químico?

Solange: Isso, a gente sentiu na pele, claro que não na mesma intensidade porque ser de verdade é uma coisa, atuando é outra. Mas deu para sentir muito do que essas mães sentem.

Guiame: Além da realidade retratada no filme Metanóia, há um apelo espiritual sobre a questão da mãe que ora pelo filho. Como foi para você encarar um projeto assim?

Solange: Eu me evangelizei há 9 anos, então eu tenho conhecimento da Palavra, tenho respeito por todas as pessoas e por todas as opções. Porém, como conhecedora da Palavra, eu acredito piamente que o joelho de uma mãe no chão, as lágrimas de uma mãe e o orar de uma mãe a Deus sempre serão ouvidos. Não que de outros seres humanos não sejam, do pai, da tia, da avó, mas tenho certeza que de uma mãe, Jesus tem um pontinho a mais para ouvir.

Guiame: Durante a gravação você trabalhou e conviveu com uma equipe de maioria evangélica. Como foi essa experiência? Houve alguma mudança da visão que você tem sobre os cristãos?

Solange: Para mim foi absolutamente normal, exatamente por eu ser conhecedora da Palavra, para mim é um comportamento normal, não tem diferenciação nenhuma. Até porque no meu trabalho, mesmo quando não são pessoas evangélicas, não existem diferenças no comportamento profissional. Como no Set de filmagem de Metanóia não se falou da Palavra, não se toca no assunto, porque naquele momento se está trabalhando. Em outros Sets de filmagem sem ser de evangélicos também se trata do trabalho naquele momento e todos se preocupam com todos para que o trabalho na finalização saia perfeito e correto. Então foi absolutamente natural pra mim.

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