O testemunho de Bruno Marques, casado, mineiro de Itaúna, 27 anos, o filho mais novo de sua família, demonstra claramente o significado que existe no amor despendido entre os irmãos em Cristo. Para quem pensa que todas as possibilidades se esgotaram, que os recursos emocionais, espirituais e naturais já chegaram ao fim, a história do jovem empresário pode surpreender pela diversidade de problemas vividos ainda tão novo e principalmente pelo final feliz.
Os vícios, os traumas e a escravidão da prostituição foram intensamente marcantes na trajetória de Bruno, mas a graça e o favor do Senhor mudaram o caminho e as possibilidades.
"Achava que tinha tido uma infância normal ou até boa demais! Mas hoje vejo que não era bem assim. Brincava bastante e tinha muitos amigos, mas um grande vazio existia dentro de mim e não havia percebido. Meu pai, um homem muito trabalhador, não tinha tempo para me levar ao parque ou há qualquer outro lugar. Ele só tinha tempo para o trabalho e consumo de bebidas alcoólicas! Não me lembro de ter visto meu pai conversando com minha mãe ou falando coisas boas, pelo contrário, não havia um dia sequer sem que ele a mal tratasse! Minha mãe, uma mulher muito religiosa, praticava o ato de benzer, e também aconselhava as pessoas em nossa casa. Com isso, não tínhamos liberdade.
Até os dez anos ficava junto do meu pai, acompanhava-o para seu trabalho, pois tinha verdadeira paixão por sua profissão. Na minha mocidade, meu irmão, um rapaz muito dedicado que começou a trabalhar desde novo, tinha uma empresa de eventos na qual fui trabalhar como "Office-boy" (popularmente é o nome dado ao profissional encarregado de transportar documentos, realizar serviços diversos como de banco, protocolos e entregas de correspondências).
"Por meio desse trabalho convivi com todo tipo de pessoas, inclusive as famosas e influentes. Ali tive certeza que era mesmo o que queria para minha vida, trabalhar com eventos! Lembro de uma frase que meu irmão me disse "que teria a mulher, a droga e as amizades que quisesse enquanto estivesse bem, mas quando estivesse mal, não teria ninguém para me ouvir", na realidade, ele tinha toda razão.
Minha mãe sempre me aconselhava, sobretudo para não usar drogas. Aos 12 anos me envolvi com a prostituição, aos 15, veio a bebida e o cigarro! Durante todo tempo vivia relacionamentos passageiros, em que banalizava os valores cristãos e desvalorizava às mulheres com quem me relacionava. No último relacionamento, anterior à minha conversão, fiz uma pessoa sofrer durante todo tempo em que estivemos juntos. Quando terminamos, ouvi-a me dizer que seria um excelente homem para a próxima mulher que encontrasse! Não foi diferente. A partir daquele momento comecei a enxergar meus defeitos.
"Sempre muito religioso, achava que era simples falar o nome de Deus e que ter a imagem de Jesus pregado à cruz era o suficiente. Mas, meu irmão sempre me falava de um Jesus vivo, que podia ouvi-lo, e me convidou para conhecê-lo no dia 28/12/2008, na Igreja Batista da Lagoinha, em BH. Estava em sua casa passando um final de semana e disse que não iria. Na época, morava com uma mulher, e ela me disse que iria e que era para eu ir também. Pensei bem e acabei indo. Na Lagoinha conheci o único e verdadeiro Deus.
Voltei para Divinópolis e procurei por um núcleo da Lagoinha, através de um site de relacionamento. Então, conheci o pastor Fernando, muito dedicado à obra, um grande homem de Deus que me estendeu a mão, caminhou comigo. Muitas formam as vezes em que ia à igreja fumando, porém ele não desistiu de mim, me ajudou até contemplar a minha libertação dos vícios e o abandono das coisas erradas em minha vida, incluindo esse antigo relacionamento. Hoje, graças a Deus, sou uma nova criatura! Deus me deu um casamento abençoando, uma mulher sábia, a preciosa Reisla. Recomecei minha vida em Barão de Cocais, MG, onde trabalho com uma loja de açaí e tenho uma distribuidora. O Senhor faz o milagre por completo e também me honrou com minha primeira produção de evento gospel, em Santa Bárbara.
Estou à disposição para sempre servir ao Senhor na Lagoinha, mesmo não tendo, ainda, um núcleo aqui em Barão de Cocais. Louvo a Deus pela vida dos pastores, Fernando e Flávia, que tanto me ajudaram e amaram. E, mesmo distante fisicamente (a saudade é grande), eles me ligam, me alimentam espiritualmente e se preocupam comigo. Sou grato ao Senhor e Salvador da minha vida, Jesus Cristo, pela vida deles, e de toda família Lagoinha!
Por: Bruno Marques