Ex-drag queen encontra verdadeira felicidade em Jesus: “Nunca senti isso”

Benjamin Blake Howard, que hoje é pastor, revela que sofreu um abuso na infância e se envolveu em diversas imoralidades durante a adolescência.

fonte: Guiame, com informações do Christian Post

Atualizado: Quarta-feira, 15 Fevereiro de 2023 as 9:52

Benjamin Blake Howard em entrevista podcast "Relatable". (Foto: Reprodução/Allie Beth Stuckey/YouTube)
Benjamin Blake Howard em entrevista podcast "Relatable". (Foto: Reprodução/Allie Beth Stuckey/YouTube)

Um ex-drag queen que se identificava como 'gaydeixou a vida de promiscuidade depois de ter um encontro transformador com Jesus. Benjamin Blake Howard, agora pastor associado em San Antonio, Texas, compartilhou seu testemunho no podcast "Relatable".

Benjamin disse que se lembra de ter desenvolvido atração pelo mesmo sexo por volta dos 6 anos, durante uma época em que foi abusado sexualmente por um amigo e seu irmão mais velho. No entanto, ele manteve o abuso para si mesmo, enquanto era criado em uma família que frequentava regularmente uma igreja local. 

“O abuso realmente consolidou tudo. Eu estava pensando que gostava, mas me senti mal. Eu não gostava de ter esse sentimento. Eu sabia e sentia em mim que não estava certo. Mas, ao mesmo tempo, me deu uma linguagem física para o que eu estava sentindo. E, de certa forma, eu queria explorar isso, mas não queria falar sobre isso", disse ele.

A falta de diálogo no lar

Benjamin era frequentemente provocado na escola pelos outros meninos, pois segundo ele tinha “uma mentalidade feminina”. À medida que crescia, se conectava mais com as personagens femininas dos desenhos animados e desejava ser como elas.

Seus pais não comentavam sobre o assunto em casa, e ele sentia que era algo proibido de se falar. Somente no ensino médio ele cedeu aos sentimentos pelo mesmo sexo, após participar do teatro local e ser escalado para um papel feminino.

Ao se vestir como uma mulher para interpretar a personagem, ele deu início à jornada de drag queen.

“A homossexualidade era muito mais aberta na comunidade teatral. Eu aparecia nos ensaios e na produção e as pessoas me elogiavam muito”, contou ele.

"Foi como uma gratificação instantânea. Porque, novamente, cresci intimidado. Cresci sentindo que não era o suficiente", acrescentou.

Adolescência conturbada

Segundo o The Christian Post, depois da formatura, Benjamin desenvolveu o vício em drogas e bebidas alcoólicas. Nesse período, ele teve um namorado mas o relacionamento não durou muito tempo.

“Eu estava com o coração partido e tentando preencher um vazio que eu sentia há tanto tempo”, disse ele, acrescentando que “desejava” a atenção dos homens e começou a “procurá-la em todos os lugares errados”. 

Apesar de toda imoralidade, Benjamin ainda não se sentia realizado. Então, relembrou a fase do teatro e como ele gostava de receber elogios quando atuava usando roupas femininas. 

Ele assistia tutorias de maquiagem, corridas de drag, tingia o cabelo e criou uma identidade drag chamada “Velma”.

Benjamin decidiu ser um artista drag enquanto era adolescente e começou a vender drogas para pagar seus figurinos.

Ele saía de casa escondido de seus pais para se apresentar em bares totalmente vestido de travesti, e voltava antes que eles acordassem.  

“Eu apareci como travesti para que ninguém me questionasse. Ninguém sabia minha idade”, lembrou Benjamin. 

Ele só parou com as apresentações, depois de quase ter overdose de cocaína.   

A verdadeira alegria

A mãe de Benjamin propôs que ele frequentasse uma escola ministerial cristã em Hamilton, Alabama. Apesar de sua relutância, ele aceitou. 

Em um culto de adoração no campus, a líder de louvor disse algo que mudou sua perspectiva de vida.  

“Ela disse: 'Eu sinto que o Senhor quer que eu diga isso, que há pessoas nesta sala que o fato de você ter dito 'sim' para vir a esta escola e estar aqui hoje, está literalmente ligado a um destino que você nunca poderia ter imaginado'”, lembrou Benjamin. 

À medida que a adoração continuou, Benjamin contou que sentiu algo que ‘nunca havia sentido antes’: "Na verdade, comecei a me sentir feliz".

“Eu lutei contra pensamentos suicidas, lutei contra a ansiedade. Eu tinha lutado com toda essa escuridão e solidão, e não sentia que era o suficiente. Quando senti essa alegria, eu pensei, 'o que é isso?'”, explicou ele.

Benjamin conheceu a verdadeira presença de Deus e sentiu que poderia deixar seu passado e ser livre, na graça concedida a ele por Jesus.

Luta contra o passado 

Ele ainda lutava contra a atração pelo mesmo sexo, mas queria ser um cristão praticante. 

Depois de participar de uma conferência evangélica que abordou o tema da homossexualidade, Benjamin prometeu a Deus que abandonaria a prática para sempre.

“Comecei a me abrir sobre a minha luta contra a homossexualidade”, disse ele se referindo a um líder do campus que o orientou, a se aproximar de Cristo e o ajudou a rejeitar seus impulsos sexuais. 

Anos depois, Benjamin conheceu sua esposa por quem se apaixonou e afirmou ser a mulher dos seus sonhos. Casaram-se logo depois.

“Eu acho que é realmente importante para qualquer um que luta contra a homossexualidade conseguir um homem ou mulher de Deus que esteja disposto a olhar além de quem você foi ou do que fez, e dizer: 'Vamos superar isso juntos'”, disse Benjamin. 

Hoje Benjamin é pastor e evangeliza através de seu livro From Mascara to Manhood (tradução livre: Do Rímel à Masculinidade) que detalha sua trajetória.

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