Refomeo nasceu entre o povo Bara, um grupo não alcançado, em Madagascar. Como a maioria dos Bara, ele cresceu praticando a religião animista (adoração à natureza) e se tornou um feiticeiro na vida adulta.
Mergulhado no ocultismo, Refomeo também era ladrão de gado e perseguia os cristãos locais.
“Eu não sabia da existência de Deus, o Criador. Por causa da minha falta de conhecimento de Deus eu perseguia os crentes que moravam na minha região. Eu era um homem que odiava os cristãos. Eu os detestava tanto que procurava fazer o mal a eles. A minha meta era destruir a Igreja na minha região”, contou o homem, em vídeo compartilhado no YouTube pelo missionário brasileiro Luis Fernando Basso.
Refomeo era conhecido em sua área por ser um homem mal e cheio de ódio. “Eu não sabia que Deus era real, então eu praticava todo tipo de mal, roubava gado, bebia, praticava feitiçaria, essa era a minha vida sem Deus. Eu sei que fiz muito mal”, afirmou.
Feiticeiros não puderam lhe curar
Certo dia, o homem ficou muito doente. Seguindo a tradição do povo Bara, ele procurou os feiticeiros locais para receber a cura, mas nada adiantou. Ele também foi ao hospital, mas os médicos não conseguiram restaurar sua saúde.
“Nada funcionava, eu estava ficando mal e a doença piorava, fiquei a ponto de morrer”, lembrou.
Até que Refomeo foi levado a uma pequena igreja, apoiada pelo casal de missionários brasileiros Fernando e Janaine Basso.
“Uma pessoa me levou àquela igreja que eu detestava. Eu pensava que não precisava de Deus, mas meu corpo definhava”, disse ele.
“Não sou o mesmo homem”
Naquele dia, o feiticeiro foi curado durante o culto e foi tocado poderosamente pelo Senhor. Logo depois, o homem aceitou Jesus como seu Salvador e deixou a feitiçaria.
“Encontrei cura física e espiritual. Eu sei que muitos estão impressionados, hoje sou uma nova pessoa! Fui curado e transformado. Não sou o mesmo homem, sou um seguidor de Jesus”, testemunhou.
O ex-perseguidor disse que deseja que outros Baras também tenham um encontro com o Deus verdadeiro.
“Eu sei que ainda existem muitas pessoas do meu povo que não conhecem Deus. Quero falar para eles, especialmente para os da minha vila, que venham para o novo caminho, somente [em Cristo] temos vida. Fujam das coisas más, se vocês não se arrependerem, vão perecer”, declarou.
“Meu passado foi perverso, mas fui transformado. Jesus me curou e me salvou e, por causa dele, hoje tenho a vida eterna. Quando aqueles que confiam em Jesus deixarem essa vida, irão para o Céu”, enfatizou.
E finalizou: “Jesus não vem do homem branco, nem é cultura da tribo das cidades, mas vem do Deus criador”.
Missão brasileira em Madagascar
Há 11 anos, Fernando e Janaine Basso têm levado o Evangelho ao povo Bara, um grupo não alcançado, com o apoio da Missão Zero e a MIAF (Africa Inland Mission).
Os Bara são criadores de gado e agricultores seminômades, que vivem nas montanhas no sul de Madagascar. Praticando a religião animista (adoração à natureza), eles também são muito envolvidos com a feitiçaria.
Uma das estratégias usadas para alcançar os Bara é a exibição do filme “Jesus” nas aldeias. Desde 2017, 419 vilas foram evangelizadas por eles através da produção, alcançando mais de 100 mil pessoas.
Em entrevista anterior ao Guiame, Basso explicou a escolha da estratégia: “O povo Bara é um povo de tradição oral. Toda cultura dos Bara, tradições, a religiosidade são passadas através do conhecimento oral. O povo Bara ainda não tem a Bíblia inteira traduzida e 90% não sabe ler nem escrever”.
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