
Um menino de 2 anos que ficou cerca de 10 minutos submerso em uma piscina em Itapetininga, São Paulo, sobreviveu ao afogamento após a mãe clamar a Deus que o salvasse.
O acidente ocorreu em 7 de junho, na casa da família. Ravi foi encontrado inconsciente na piscina e levado às pressas ao pronto-socorro. Lá, a criança recebeu atendimento de emergência e se recupera bem.
Nas redes sociais, a mãe, Nathália Araújo, relembrou o susto e afirmou: “Ele é um milagre. Nasceu de novo”.
“No dia do acidente, o Ravi estava comigo no quarto, assistindo ao filminho que ele gosta, até que foi com a minha mãe. Ouvi eles conversando, até que tudo ficou quieto”, explicou a mãe ao g1.
Nathália pensou que Ravi estivesse dormindo com a avó na sala, enquanto a avó pensou que o menino estivesse no quarto com a mãe.
"Estava tudo fechado, desde que nos mudamos, o corredor fica fechado, mas ele pegou um banquinho e pulou a mureta, foi pegar pedrinhas para jogar na piscina”, disse Nathália.
De repente, o avô encontrou Ravi já submerso na água: “Meu pai estava lavando a frente da casa e, quando foi fechar a torneira, encontrou o Ravi na piscina, ele pensou: ‘O que é esse bonecão na piscina?’. Quando ele percebeu que era o Ravi, ele começou a gritar”.
‘Ele estava morto’
Segundo Nathália, quando seu pai saiu da piscina com Ravi no colo, o menino estava morto:
“Quando vi, ele estava saindo com o Ravi no colo, gritando e pedindo a Deus pela vida dele, o Ravi estava morto. O coração não estava batendo, ele não estava respirando, estava literalmente morto”.
E continuou: “Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, a única coisa que fiz foi ‘cair’ de joelhos perante Deus e pedir pela vida do meu filho”.
Então, a avó ligou para o Corpo de Bombeiros, que orientaram os primeiros socorros por chamada de vídeo, enquanto a viatura seguia até o local.
Ravi e o avô. (Foto: Reprodução/g1)
“Meu pai fez as manobras e foi quando o Ravi voltou, deu um único suspiro, mas o coração estava batendo e ele respirando com muita dificuldade”, contou Natália.
Sobre o atendimento dos bombeiros, ela destacou: “Eles foram uns anjos, pois foram muito rápidos”.
Quando os bombeiros chegaram ao local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já havia iniciado o atendimento. A equipe conseguiu reanimar o menino e o encaminhou ao hospital, onde médicos, incluindo pediatras, já o aguardavam.
‘Ele é um milagre’
No hospital, Ravi sofreu três paradas cardiorrespiratórias e Nathália lembrou: “Eu fiquei com a minha mãe dentro do hospital, esperando uma notícia, e percebemos uma movimentação estranha. O Ravi, que chorava bem fraquinho e baixinho, já não chorava mais”.
“Quando percebemos isso, caímos de joelho ali mesmo no corredor. O Ravi estava tendo as paradas, e eles tentando reanimá-lo para ele voltar à vida. Os médicos disseram que ele é um milagre, que outras crianças e até mesmo adultos não sobreviveram a afogamentos”, acrescentou.
Segundo a mãe, foram necessárias cerca de três horas para que a temperatura do corpo de Ravi voltasse ao normal. A equipe médica informou que seria necessário observar a reação neurológica do menino ao acordar.
No entanto, Deus os surpreendeu: “Quando ele acordou, ele me viu e me chamou: ‘Mamãe!’. Naquele momento, eles viram que ele estava bem e que de fato ficaria bem. No hospital, o apelidaram de ‘milagre’, e ele ficou conhecido assim”.
No dia 24 de junho, Ravi completou 2 anos e celebrou o aniversário com a gratidão da família.
Após o acidente, Nathália — que também é mãe de Eloisa, de 7 anos — orientou os pais sobre a importância dos cuidados redobrados com crianças pequenas perto de piscinas.
“Todo cuidado ainda é muito pouco, nós pais, sempre achamos que nunca vai acontecer, porque eles são pequenos demais, mas acontece”, alertou ela.
“Fiquem em cima, cuidem, amem, porque em um segundo, tudo pode mudar. Pais que tem piscina, tenham grade, redes, e ainda, sim, se precisar, tranquem as portas. Todo o cuidado ainda é muito pouco”, concluiu Nathália.