Muçulmana aceita Jesus após assistir peça de Páscoa: “Soube que precisava Dele"

Ariza buscou um relacionamento com Deus em outras religiões, mas encontrou paz em Jesus.

fonte: Guiame, com informações de Eternity News

Atualizado: Quarta-feira, 27 Março de 2024 as 8:29

Ariza. (Foto: Reprodução/Eternity News)
Ariza. (Foto: Reprodução/Eternity News)

Azira cresceu em uma família muçulmana em Durban, na África do Sul. Após a separação de seus pais, ela passou por diversas experiências traumáticas onde somente em Jesus encontrou descanso.

“Eu amava meu pai, mas ele não conseguiu se recompor [depois do divórcio] para ser o pai que eu precisava. Ele trabalhava, bebia muito todas as noites e provocava brigas do lado de fora do pub até enjoar”, disse ela à Eternity News.

Então, ela foi morar com a mãe. Um ano depois, descobriu que ela tinha começado um novo relacionamento com um homem católico.

Eles se mudaram para a Cidade do Cabo, do outro lado do país. No entanto, para conseguirem se casar, a mãe teve que se converter ao catolicismo, logo, Ariza também fez o mesmo. 

“Mais tarde descobri que meu pai e minha família em Durban estavam furiosos com tudo isso”, contou ela. 

“Mas, embora eu estivesse bastante entusiasmada, minha experiência de fé era superficial”, acrescentou. 

Ariza relatou que mesmo buscando a Deus através das “orações memorizadas”, não conseguia encontrar uma maneira de ter um relacionamento mais profundo com um Deus.

“Estou grata pela minha experiência católica, mas os meus medos de infância e a dor muito real causaram fraturas na minha fé, em vez de me aproximarem da compaixão e da misericórdia de Deus”, explicou ela. 

À medida que o medo, a vergonha e a turbulência cresciam dentro dela, ela se afastou da religião.

Abusos

Após um processo judicial contra um tio que foi considerado culpado de abusar sexualmente dela, Ariza, sua mãe e o padrasto retornaram para Durban. 

Enquanto o padrasto manteve a fé inabalável no catolicismo, ela e a mãe se tornaram indiferentes.

Nesse período, Ariza — que estava próxima ao pai — enfrentou os ataques e a rejeição dele por ela ter abandonado o Islã.

“Uma noite, enquanto corria pela cidade de carro, ele me disse que eu nasci uma garota muçulmana e que sempre seria uma garota muçulmana, e que ele preferia que eu morresse com ele no carro do que ser qualquer outra coisa”, relembrou ela. 

Depois disso, Ariza e a família se mudaram novamente em busca de viver em um lugar com mais oportunidades e longe de violências.

“Lembro de me despedir do meu pai. Ele mal disse uma palavra, apenas me abraçou, enterrou o rosto no meu cabelo e chorou”, disse ela. 

No mesmo ano, a família recebeu um telefonema informando que ele estava no hospital, gravemente queimado e lutando para sobreviver após um homem, com quem ele brigou em um bar, ateou fogo em sua oficina para se vingar.

“Em poucos dias, meu pai se foi e tudo ficou escuro.

Minha dor era inconsolável”, contou Ariza.

E continuou: “Vivi uma vida dupla, permanecendo uma ‘boa menina’ para minha família e seguindo minha nova religião de festas intensas na maioria dos fins de semana. Eu estava sempre sorrindo perto de outras pessoas, mas sozinha em meu quarto, ficava frequentemente perturbada”.

Ariza desenvolveu um pânico porque tinha medo de perder as pessoas que amava. 

Chegando a Deus

Durante o luto, Ariza começou a falar com Deus: “Fazia longas caminhadas pela zona rural onde morávamos, conversando com Deus e desconstruindo minha religião”.

Aos 15 anos, a família se mudou da Nova Zelândia para a Austrália. Lá, ela permaneceu falando com Deus durante sua rotina.

“Naquela época, eu era bastante cínica e antagônica à religião em geral, mas ainda estava conectada com Deus à minha maneira. Então, comecei a pensar em Jesus”, declarou ela. 

Ariza tinha muitos questionamentos acerca de Cristo. Porém, na época da Páscoa, ela aceitou o convite de 

um funcionário de sua escola para ir assistir a uma peça na igreja.

“Ao assistir àquela peça teatral a história de Jesus ganhou vida. Ele não era apenas um conceito religioso distante; Ele é uma pessoa viva”, testemunhou ela. 

Após assistir a cena da crucificação, Ariza declarou: “Algo em mim mudou. Eu realmente o vi pela primeira vez. Eu vi o que Ele fez e de repente soube que precisava dele. Eu vi que eu era dele o tempo todo”.

Na mesma noite, ela aceitou Jesus como seu Salvador e ganhou uma Bíblia de presente.

“Eu estava tentando processar o que tudo isso significava. Naquele momento, eu não sabia o que fazer com isso. A única coisa que ficou muito clara para mim foi que nunca mais ficaria sozinha ou abandonada”, disse Ariza. 

“Apesar da minha rejeição a Deus e de toda a feiúra interior que me fazia sentir tão indigna de seu amor, eu sabia que teria um amigo para sempre”, concluiu.

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