Mulher com doença rara é curada após visita de médico de branco: ‘Era Jesus’

A mulher não tinha expectativa de receber alta e testemunhou o milagre no hospital.

fonte: Guiame, com informações da Igreja Batista Atitude

Atualizado: Quarta-feira, 1 Fevereiro de 2023 as 3:36

Flávia Bonfim em entrevista à Atitude TV. (Foto: Reprodução/ YouTube/Atitute TV)
Flávia Bonfim em entrevista à Atitude TV. (Foto: Reprodução/ YouTube/Atitute TV)

Flávia Bonfim foi diagnosticada com complicações raras no pulmão e, além de enfrentar dores fortes, ela sofreu com a negligência médica em hospitais de pronto atendimento. Após ser visitada por um homem vestido de branco no leito de um hospital, ela foi milagrosamente curada. 

A mulher, que trabalha na livraria da Igreja Batista Atitude, localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), passou por 23 dias de sofrimento até receber o milagre.

Na madrugada do dia 1° de dezembro de 2021, Flávia se sentiu mal e achou que fosse uma gripe, pois os sintomas já estavam causando um certo desconforto a dois dias. 

Com muita falta de ar, a mulher foi até a janela de seu quarto na tentativa de melhorar, mas não teve resultado. Ela passou a madrugada acordada no sofá esperando a mãe acordar para poder socorrê-la.

“Quando ela me viu naquele estado, começou a brigar comigo, ela dizia que eu não me alimentava bem, dormia tarde, coisas de mãe”, disse Flávia, “mas ao mesmo tempo ela ficou super preocupada e saiu para comprar um nebulizador para mim”.

Em uma entrevista à Atitude TV, Flávia contou que quando a mãe chegou ela estava com uma dor terrível na região do tórax e decidiram ir ao Hospital Lourenço Jorge, pois naquela época, no Rio de Janeiro, havia uma epidemia do vírus influenza e elas acreditavam que o motivo das dores poderia ser esse.

“Era uma dor que eu nem sei mensurar, parecia que tinha um monte de facas me furando e eu não conseguia ficar ereta”.

Segundo Flávia, o médico que a atendeu, garantiu que ela estava com o vírus influenza e prescreveu  medicamentos para tratar a tal infecção. Porém, ao voltar para casa, os sintomas se multiplicaram e ela achou que poderia estar infartando. 

A precariedade da saúde pública 

Carol, uma amiga que está se formando como técnica de enfermagem, chegou em sua casa no momento da crise e percebeu que Flávia estava inchada e com a voz alterada. 

A estudante orientou que a mãe de Flávia a levasse para UPA da Rocinha, também localizada no RJ, por ter um atendimento qualificado em relação a outras unidades de saúde.

Com muita dificuldade a jovem foi encaminhada a UPA e foi atendida por uma médica que, após passar um raio x do tórax, detectou uma fissura em seu pulmão esquerdo e orientou que ela fizesse uma tomografia para avaliar o quadro com exatidão.

A unidade de saúde não possuía o aparelho para a realização do exame e a mulher precisava ser encaminhada para a Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro (CER), no bairro do Leblon. Porém, também não havia uma ambulância disponível para fazer o transporte da paciente — infelizmente essa é uma realidade frequente no Estado do Rio de Janeiro.


Flávia durante o período de internação. (Foto: Reprodução/Igreja Batista Atitude)

Flávia chegou ao hospital por volta das 21h da noite e só foi atendida às 7h da manhã do dia seguinte, apenas com resultados de um exame de sangue e urina, que apontaram uma infecção nos respectivos laudos, além de informarem que sua glicose estava muito alta.

De acordo com a paciente, o hospital se negou a fazer a tomografia indicada pela médica anterior, pois alegaram que a profissional estava equivocada. Outros profissionais de uma clínica da família diagnosticaram que a mulher estava com caxumba devido ao inchaço. 

“Aquilo me causou muita revolta, pensei que ia morrer sem saber o porquê estava daquele jeito”, disse  Flávia.

O diagnóstico da paciente

Acompanhada pela amiga, Flávia retornou ao CER no Leblon e conseguiu fazer a tomografia.

“O médico falou que poucas vezes tinha visto tanto ar fora do pulmão de uma pessoa, ele falou que eu estava com enfisema subcutâneo e solicitou a minha internação”, disse ela.

Na manhã do dia 10 de dezembro, ela foi transferida sem o consentimento dos pais para o Hospital Ronaldo Gazolla, onde o diagnóstico veio com clareza: “pneumotórax, pneumomediastino e enfisema subcutâneo”, uma condição raríssima pela quantidade de ar fora dos pulmões.

A mulher queria passar o final do ano em casa, mas no dia 17 de dezembro, um exame de sangue acusou que além da infecção nos leucócitos estar alta, ainda havia muito ar fora do pulmão.

No mesmo dia, Flávia participou de uma pesquisa para relatar seu caso incomum. O estudo serviria para ajudar outros pacientes futuros que porventura passassem pela mesma condição.

No dia 22 de dezembro, a mãe de Flávia foi informada de que a perfuração do pulmão de sua filha ainda não tinha fechado, e que a equipe médica estava fazendo de tudo para que não fosse preciso fazer uma cirurgia para drenar o ar, por isso não era possível mensurar quando ela receberia alta.

“Eu me conformei que não iria passar o Natal em casa ou talvez, até a virada do ano. Mas agradeci a Deus por estar viva”, afirmou Flávia.

O dia do milagre

Flávia estava acostumada à rotina do hospital. Ela acordava, fazia sua refeição e logo vinham as medicações.

No dia 23 de dezembro, uma senhora chamada Francisca, que era sua companheira de leito perguntou:

Flavinha, quem era aquele médico que estava conversando com você às 6h da manhã?”.


Registro feito no momento que a paciente recebeu alta. (Foto: Reprodução/YouTube/Atitude TV)

Flávia se surpreendeu com a pergunta porque segundo ela, nesse mesmo horário, ela estava dormindo e não havia falado com nenhum médico. Mas dona Francisca insistiu:

“Esse médico estava todo de branco, você até sentou na cama para falar com ele e depois que vocês conversaram ele foi embora e você voltou a dormir”, afirmou a idosa.

A mulher continuou negando as afirmações, porque os médicos que iam visitá-las usavam roupas nas cores amarela ou laranja.

Por volta das 10h da manhã, Flávia realizou outra tomografia e o resultado do exame comprovou a sua cura. Ela recebeu alta e voltou a tempo de passar as festas de fim de ano em casa. 

“Eu já posso considerar esse dia como minha segunda data de aniversário”.

Flávia afirmou que o médico que a dona Francisca viu era Jesus, e assim como ela, Francisca também recebeu alta no mesmo dia.

“Jesus é muito real, Ele é palpável”, conclui.

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