“Não podemos ficar em quatro paredes”, diz Nívea Silva sobre evangelismo nas prisões

Em entrevista ao Guiame, a cantora contou como tem pregado o Evangelho nas prisões.

fonte: Guiame, Karlos Aires

Atualizado: Terça-feira, 24 Julho de 2018 as 5

Os cristãos entendem a importância de levar Cristo aos perdidos por meio do evangelismo. Há diversos campos para plantar a semente do Evangelho e um deles é o sistema carcerário que vem sendo impactado por ações da cantora Nívea Silva. Em entrevista ao Guiame, durante a Expoevangélica 2018, ela explica que cresceu dentro desse ambiente pelo fato de seu pai, o pastor Marcos Pereira, já atuar nas prisões.

Como cantora, Nívea resolveu fazer uma turnê diferente. Ela trocou os palcos por cadeias e registrou os 10 cultos que realizou. “Estamos lançando a série ‘Nívea Silva nas prisões’. A proposta desse projeto é mostrar o poder que a música, misturada com a unção de Deus, tem de quebrantar o mais duro coração e de curar a mais terrível ferida da alma”, contou.

“Eu cresci junto com meu pai, o pastor Marcos Pereira, evangelizando nas prisões. E eu digo que se hoje eu tenho esse desenvolvimento musical na minha vida, tudo foi descoberto evangelizando através da música dentro das prisões. Eu fiz agora uma turnê no estado do Maranhão onde realizamos 10 cultos em 10 prisões diferentes, no complexo penitenciário de Pedrinhas”, ressaltou a cantora.

Nívea afirma que não importa o pecado ou crime que um preso pode ter cometido, Deus é poderoso para perdoar. “O Deus que eu prego é aquele que veio para buscar e salvar todos os que haviam se perdido. O sangue de Jesus tem poder para purificar de todo mal”, ressalta.

Logo no primeiro episódio, uma cena marcante. Um dos presos é possesso por uma “legião de demônios”, segundo a cantora que precisou de autorização das autoridades para tocar no homem. Após orações, ele é libertado. “A Bíblia diz que devemos colocar as mãos nos enfermos e eles serão curados, então a gente tinha que tocar expulsar aqueles demônios”.

O rapaz que foi libertado acabou se convertendo. “Ele se ajoelhou e aceitou Jesus chorando e todo coletivo começou a aplaudir. Foi o mover de Deus e tudo isso é fruto do envolvimento através da música. As pessoas estão se entregando, abrindo o coração para receber a Palavra”, coloca.

O que a Igreja brasileira faz é suficiente?

Questionamos a Nívea Silva se o que a Igreja do Brasil faz para alcançar os presos é suficiente. Ela responde: “A Bíblia diz que as repartições de dons são distribuídas para que cada um faça o melhor dentro daquilo que tem condições de apresentar. Eu acho que a Igreja é bem completa, cada pedacinho do povo de Deus fecha uma lacuna. Nós enquanto família, meu pai, meu irmão, minha família, nós da Assembleia de Deus dos Últimos Dias estamos muito presentes nesse nessa lacuna, que é a prisão e as favelas”, salienta.

“Estamos no meio de pessoas viciadas, levando o Evangelho. Eu sei que existem em outros servos de Deus que estão lá no meio dos atletas, que estão no meio das prostitutas, que estão em outros lugares. Então se cada um fizer um pouquinho a gente vai alcançar o mundo. Agora é claro que ainda a proporção é muito pequena. O campo é grande e são poucos os ceifeiros”, alerta.

Nívea ainda ressalta: "Precisamos, enquanto igreja, se levantar de verdade e não ficar em quatro paredes. Cada um pode fazer um pouco. Então eu deixo esse alerta para você que é servo de Deus, reage, levanta e faça a sua parte", finalizou.

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