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Após 4 meses, greve é encerrada na USP

Funcionários do Sintusp aceitaram acordo de reposição dos dias parados. Após 116 dias, universidade deve ter funcionamento normal na segunda.

fonte: Globo.com

Atualizado: Sexta-feira, 19 Setembro de 2014 as 3:50

Os funcionários do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (19), encerrar a mais longe greve da história da USP. Segundo a página oficial do Sintusp no Facebook, o fim da paralisação foi aceito por aclamação por centenas de funcionários que participaram da assembleia. A universidade deve voltar ao funcionamento normal a partir da próxima segunda-feira (22).

Na quinta-feira (18), os professores ligados à Associação de Docentes da USP (Adusp) já haviam aceito o fim da greve e anunciado o retorno às aulas na segunda.
O acordo para o fim da paralisação aconteceu na quarta-feira (17) na Justiça, em reunião entre o Sintusp e representantes da reitoria da USP mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Na reunião foi definido como será a reposição dos 114 dias de greve e o pagamento do vale-refeição. Os funcionários se comprometeram a fazer uma hora extra por jornada, durante 70 dias. Em reuniões anteriores, a Justiça já havia decidido pelo reajuste salarial de 5,20% e pagamento de 28% de bônus.

Acordo no TRT
O TRT realizou quatro reuniões e uma audiência para solucionar o impasse. O desembargador Davi Furtado Meirelles comemorou o resultado após a longa negociação. Para ele, essa foi uma das mais difíceis intermediações como magistrado.

Meirelles chegou a endurecer com os negociadores diante da dificuldade de consenso. Ele ameaçou mandar a julgamentos os itens sob impasse. Após o momento mais tenso, a reunião demandou telefonemas de negociadores da USP ao reitor da universidade.

Abono e reajuste
Os acordos de reajuste salarial (o valor acrescido aos próximos salários) e de abono (um pagamento único para repor o reajuste dos dias parados) foram negociados em etapas distintas entre as reitorias da USP, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e os sindicatos das três instituições.
Após diversas reuniões entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis (que reúne os sindicatos das categorias) que terminaram em impasse, o Conselho Universitário da USP (CO) aprovou, no dia 2 de setembro, uma proposta de reajuste salarial de 5,2% para os servidores (professores e funcionários) pago em duas parcelas (outubro e janeiro). O décimo terceiro salário será pago com reajuste integral, de acordo com a proposta. O reajuste foi então aprovado pelo Cruesp e aceito pelas categorias.
No último dia 16, em nova reunião, o CO aprovou a proposta de abono salarial de 28,6% sugerido pelo TRT. Os reitores da Unicamp e da Unesp, que haviam oferecido anteriormente um abono menor, aumentaram a oferta, que foi aceita pelas categorias na semana passada.

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