O Brasil conquistou uma medalha de bronze e uma menção honrosa na 23ª Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, sigla em inglês), realizada em Singapura. A competição contou com a participação de quase 60 nações. O país foi representado pelos alunos Anderson de Sousa Jorge, Luís Arthur Brasil Gadelha Farias, Tiago Lubiana e Andressa Gomes Sales, e pelos professores Rubens Oda (ANBio) e José Carlos Pelielo de Mattos (CAP-Uerj).
Tiago Lubiana foi premiado com a medalha de bronze e Andressa Gomes Sales, do Ceará, conquistou a menção honrosa. O Brasil participa da IBO desde 2005 e conquistou sua 6ª medalha de bronze. No ano que vem, o evento acontecerá emBerna, capital da Suíça.
A conquista do bronze surpreendeu Tiago, que pretende estudar muito para participar novamente. Para o carioca, o contato com culturas diferentes valeu cada segundo de dedicação. “As amizades que construí com os alunos e professores da delegação brasileira e com as pessoas dos mais variados países, unidos por um interesse em comum, vale mais do que qualquer medalha", afirma.
A falta de familiaridade com as atividades de laboratório nas escolas e o curto espaço de tempo para a realização das provas foram os maiores obstáculos encontrados pelos alunos brasileiros durante a IBO. “Apesar das dificuldades, participar de uma olimpíada internacional de conhecimento foi uma experiência única”, diz Andressa.
Treinamento
Antes de viajarem para Singapura, os jovens participaram de palestras e conheceram os laboratórios da Uerj, UniRio e do Instituto ORT, no Rio de Janeiro. Organizado pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), o treinamento da equipe olímpica contou com aulas práticas de bioquímica, biotecnologia, microscopia, ecologia, genética, histologia vegetal e dissecção de vertebrados e invertebrados.
Para Rubens Oda, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), a competição internacional aproxima o Brasil do nível curricular dos países de ponta nessa ciência. "E contribui para a divulgação de novas descobertas, para a inclusão social e para a aprendizagem científica", diz Oda.