Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) invadiram o prédio da reitoria nesta terça-feira (3). Cerca de 40 universitários passaram a noite na sala do reitor José Geraldo de Souza Júnior. O movimento estudantil reivindica principalmente mudanças na assistência estudantil.
Reportagem do Bom Dia DF mostrou que, de acordo com os alunos, atualmente um estudante de baixa renda para ter direito a uma bolsa no valor de R$ 465 precisa trabalhar 12 horas semanais na instituição. Uma das reivindicações dos manifestantes é por fim a essa exigência. O grupo quer que a UnB mantenha o benefício avaliando apenas o rendimento escolar do estudante.
“Nós acreditamos que a assistência estudantil na Universidade de Brasília não é levada a sério. A gente só vai sair daqui com as nossas pautas respondidas”, enfatizou a estudante Danyelle Carvalho.
Os estudantes pedem ainda que a universidade avalie as questões da concessão de dinheiro ou auxílio emergencial para moradia; pagamento de indenização aos estudantes pelo fechamento do Restaurante Universitário (RU) e a negociação com DFTrans para garantir o passe estudantil durante a greve.
A assessoria de comunicação da UnB informou que está prevista para esta quarta-feira (4) uma reunião entre os estudantes e a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia, para avaliação da pauta de reivindicações.
Professores
A greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB) completa 45 dias nesta quarta-feira (4). De acordo com informações do Bom Dia DF, 90% dos professores pararam de trabalhar e 39 mil estudantes estão sendo prejudicados pela falta de aulas.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UnB, Rafael Morgado, a discussão da questão salarial é uma das pautas mais importantes para o movimento grevista . “A nossa principal reivindicação é a reestruturação da nossa carreira. E tem uma questão salarial muito importante nessa carreira”, disse Morgado.
Na última quinta (28), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior informou que a mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou à adesão de 95% das instituições. Das 59 universidades, 56 têm professores parados.
Além de professores, técnicos-administrativos da UnB também estão em greve desde o dia 11 de junho. Eles querem reajuste salarial de 28% e um plano de carreira. A Biblioteca Central da universidade e o Restaurante Universitário (RU) também estão fechados.
“A biblioteca não é considerado um serviço essencial. Até o momento, não houve nenhuma demanda por parte da área estudantil no sentido de que a universidade negociasse a abertura da biblioteca”, disse a decana de Gestão de Pessoas, Gilca Starling.