Furto de água em São Paulo cresce 15% em 2014, aponta Sabesp

Sabesp encontrou mais de 15,5 mil fraudes na rede de abastecimento. Prejuízo chega a quase 2,5 milhões de metros cúbicos de água.

fonte: globo.com

Atualizado: Terça-feira, 10 Fevereiro de 2015 as 8:45

furto de água
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Em meio ao problema de abastecimento que São Paulo enfrenta, o número de casos de furto de água aumentou 15% no ano passado.

A Sabesp, principal companhia de abastecimento, e até a polícia reforçaram a fiscalização. Na segunda-feira (9), as equipes flagraram irregularidades em dois pontos da capital paulista.

Já na chegada, os técnicos encontram um cano que leva água até uma casa que fica nos fundos. O cano da ligação clandestina tem uns 40 metros de comprimento. Em um determinado ponto tem até registro para abrir e fechar a água. Do outro lado, os técnicos da Sabesp perceberam que não há hidrômetro, o cano está ligado direto na rede de água que vem da rua.

A dificuldade é descobrir quem fez a ligação clandestina. A área, que fica no bairro da Mooca, zona leste da cidade, foi invadida. A polícia levou uma moradora para a delegacia para dar explicações.

Em uma parceria entre a Sabesp e a Secretaria de Segurança Pública, investigadores trabalham para encontrar e punir os responsáveis por desviar água, principalmente nessa época de crise hídrica.

“Nós instauramos inquérito para saber do administrador ou de quem administra, quem é o dono, que de qualquer forma, participou ou facilitou a fraude que gerou o furto”, diz o delegado Flávio Afonso da Costa.

No ano passado, a Sabesp encontrou mais de 15,5 mil fraudes na rede de abastecimento da capital. Ao todo, o prejuízo chega a quase 2,5 milhões de metros cúbicos de água.

“Daria para abastecer uma cidade do porte de Taboão da Serra. É uma injustiça com a população que está nos ajudando, que é a grande maioria, que passa por essa crise”, explica César Santos, gerente de auditoria da Sabesp.

No Belém, outro bairro da zona leste, mais uma denúncia. Em um conjunto de prédios invadido há oito anos, moram nove famílias. A água tinha sido cortada em 2010 por causa de uma dívida de mais de R$ 60 mil com a Sabesp, mas os técnicos descobriram que alguém religou a água e adulterou o hidrômetro, para que ele não registrasse o consumo. Dois moradores foram parar na delegacia.

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