A cidade de São Paulo registrou 1.833 casos de dengue confirmados até a oitava semana de 2015. O número é três vezes maior que o contabilizado no mesmo período de 2014, quando ocorreu 603 casos.
Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira (12) pelo secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, na sede da Prefeitura.
A Zona Norte da cidade segue liderando o índice de incidência dos casos. O bairro do Limão foi um dos mais afetados, com 130 casos. "É uma ocorrência elevada, desproporcional, que precisa ser combatida de forma desproporcional", disse Puccini sobre a região.
Dentre as ações previstas, ele citou o trabalho em conjunto com a Defesa Civil e demais secretarias. "Envolvimento mais rápido e intenso das nossas secretarias, Defesa Civil, educação e saúde. O que nós estamos fazendo é o correto que tem que ser feito."
O secretário citou como exemplo a presença de 32 viaturas da Defesa Civil (carro de som), que circulam pelos bairros com maior incidência informando a importância do controle.
Crise hídrica
A Secretaria Municipal da Saúde realizou uma pesquisa sobre a densidade de larvas para identificar a situação da presença da larva do mosquito transmissor e criadouros nos domicílios ocupados.
Segundo o secretário, os dados mostram um aumento significativo em recipientes como caixas d'água e baldes. Para Puccini, a crise hídrica é em corresponsável pela elevação dos números. "Os recipientes de armazenamento de água que não existiam ano passado passaram a existir como criadouros de uma forma muito expressiva, três vezes ao que ocorreu em 2014”, disse. “A dengue vem se manifestando sobretudo na Zona Norte que é a área mais penalizada pela falta de água."
Para ele, o problema não é a necessidade da população de se defender da crise no abastecimento, mas da falta de cuidado no armazenamento da água. "A culpa é do não adequado tamponamento da caixa d água."