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Rival do Moto G, Xperia M2 traz boa durabilidade de bateria e telão; veja

fonte: Techtudo

Atualizado: Terça-feira, 26 Agosto de 2014 as 12:28

O Xperia M2 foi lançado em junho deste ano pela Sony e aumenta a lista de aparelhos intermediários do mercado. Com o preço de R$ 899 e uma tela de 4,8 polegadas, o M2 pretende bater de frente com os concorrentes, como o Moto G. O diferencial dele está justamente no tamanho, na tentativa de atrair o público dos celulares intermediários que gostariam de ter um aparelho maior. Veja as vantagens e as desvantagens do Xperia M2 no tutorial completo do TechTudo.

Design

O Xperia M2 é um smartphone bastante elegante visto tanto de frente quanto de costas. Com dimensões de 139,7 x 71,1 x 8,6 mm e 148 gramas, ele se destaca pelo tamanho e pela beleza da sua tela. A ausência de botões físicos na parte frontal também é interessante, dando um ar mais clean ao aparelho. Além disso, a traseira desse smart da Sony é feita de um plástico reflexivo que deixa o celular muito bonito.
O único detalhe que salta aos olhos e destoa do restante do M2 é o botão "power", mas não chega a incomodar. Um problema em relação ao design está nas partes laterais do aparelho. O espaço entre a tela e a borda de plástico permite que seja acumulada um pouco de sujeira. Nada que seja considerado um problema, mas elas são difíceis de limpar.
Se você não gosta de aparelhos grandes, ele pode ser um pouco desconfortável para manusear. Alcançar os pontos superiores da tela com o polegar é um pouco complicado, o que aumenta o risco de queda. O tamanho, porém, é o ideal para quem não curte um foblet, mas quer ter um visor maior do que o habitual.

Outro ponto negativo é o aspecto “engordurado”. Tanto na parte frontal quanto na traseira, o Xperia M2 aparenta estar sujo com bastante facilidade. Na tela, esse detalhe não é perceptível se o dispositivo estiver sendo usado. Porém, isso se torna evidente no modo stand-by. E nem pense que apenas passar a mão no aparelho vai funcionar. Um lencinho ou algo do tipo será importante para limpar o aparelho.
Uma ideia legal da Sony foi a luz de LED na parte frontal: ela indica se o usuário ainda tem notificações não visualizadas, ajudando a não esquecer de conferir as mensagens nas redes sociais, e-mail ou SMS. O recurso já estava presente no Xperia M.

Com relação aos arranhões, a traseira do aparelho é bastante sensível. Por isso, é importante deixar o M2 longe de chaves ou objetos que possam danificá-lo. Um ponto alto é a localização dos botões físicos: todos ficam na parte inferior da lateral direita do smartphone. Por ser consideravelmente grande, isso facilita o toque e diminui as chances do celular cair. Os ícones "home", "voltar" e o atalho para acessar os apps abertos também são fáceis de alcançar.
Com relação às entradas, porém, encontramos alguns problemas. O mais grave foi em relação à do micro-chip do aparelho, que, simplesmente, parou de funcionar. O leitor aparenta ser bastante sensível, danificando-o facilmente. Esse é um ponto bastante grave, já que, sem chip, você não consegue efetuar ou receber ligações. Informada sobre o ocorrido, a Sony afirmou que essa foi uma situação isolada, podendo ter sido apenas um caso específico. Mesmo assim, colocar o chip no M2 não é tarefa fácil e exige bastante cuidado. As entradas para recarregar e para fones de ouvido também não são das melhores. Apesar disso, elas funcionaram normalmente.

Tela

O visor de 4,8 polegadas do M2 tem uma boa sensibilidade ao toque. Em jogos que exigem bastante do recurso, como Subway Surfers, Cut The Rope e Fruit Ninja, por exemplo, ele responde sem problemas. A resolução é boa, mas, assim como o Xperia M, não é HD. Apesar de ser baseada na tecnologia das TVs da Sony, elevando a qualidade do display, ela perde para a tela de alta definição do concorrente Moto G. Mas isso não a torna ruim. O tamanho do visor é ótimo para fotos e vídeos. Não é possível ver os pixels das imagens, o que é importante devido ao tamanho do aparelho.

A intensidade do brilho, porém, deixa um pouco a desejar. Nada que comprometa no uso do smartphone. Mas, apesar do brilho ser muito bonito fica a impressão de que tanto o mínimo quanto o máximo poderiam ser um pouco mais fraco e forte, respectivamente. Uma dica: não confie muito no modo de ajuste automático dele, pois você vai (quase) sempre achar que a tela está mais escura do que deveria. Por outro lado, o visor se mostrou resistente à arranhões. Mesmo com o uso diário em mochilas e no bolso, ele saiu ileso.
Desempenho

O desempenho deste smartphone é bastante satisfatório. Para os usuários que buscam um celular capaz de rodar os jogos e aplicativos mais populares, o M2 é uma boa pedida. Testamos os games Asphalt 8: Airbone, Fifa 14 e Monster Truck Destruction, todos com um alto nível de exigência, e o aparelho respondeu muito bem. Para aqueles que utilizam bastante o e-mail e as redes sociais, o processador dual core de 1 GHz e RAM de 1 GB dá conta do recado. O conjunto suportou com eficiência os aplicativos do Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp Messenger, Youtube e Gmail, além dos serviços do Google Maps.

A navegação pela interface também não apresentou nenhum problema, e o Android 4.3 (Jeally Bean) mostrou-se bom o suficiente para suportar os recursos do aparelho. Mas vale lembrar que ele não tem a versão mais recente do sistema operacional: o Android 4.4 (Kit Kat). A conexão 3G deixou a desejar em alguns momentos. De modo geral, ela funcionou bem, mas caiu bastante quando a rede no local não era das melhores.
Durante uma ligação, a sensação que fica é a de que o volume máximo poderia ser um pouco mais alto. Em situações normais, é possível escutar bem a pessoa com quem você está falando. Porém, em lugares com muito barulho externo, colocar o som no máximo pode não ser o suficiente para ouvir a conversa com perfeição. Fora isso, o Xperia M2 foi bem nas chamadas telefônicas.

Armazenamento

Estar satisfeito ou não com a capacidade de armazenamento do M2 vai depender bastante do usuário. Ele conta com memória interna de 8 GB, sendo que só um pouco mais de 5 GB ficam disponíveis. O espaço é suficiente apenas os principais recursos e apps de um smartphone e algumas imagens e músicas. Agora, para guardar muitos arquivos, como fotos e vídeos, por exemplo, vai ser necessário comprar um microSD. A memória externa máxima do M2 é de 32 GB, o que pode pesar no bolso do usuário, já que não é um custo tão barato assim. O Moto G, por exemplo, tem um armazenamento interno melhor: 16 GB. Por outro lado, o intermediário da Motorola não suporta cartão de memória.

 

Câmera

Com 8 megapixels, a câmera do M2 não é boa. Ainda assim, em locais iluminados, o resultado pode ser satisfatório. Agora, se você tem o costume de tirar muitas selfies, esqueça este celular. A câmera frontal de 0.3 MP dele não é capaz nem de tirar fotos ruins. De qualquer forma, alguns recursos bacanas merecem nota. Ela conta com botão físico de disparo, detector de sorriso, que permite fotografar sem clicar no ícone de disparo e com uma alternativa divertida de incluir cenários e personagens na imagem - como dinossauros, peixes e árvores. Além disso, está disponível a ferramenta chamada Timeshift burst, que registra o antes e o depois do clique: assim, caso alguém pisque, por exemplo, não é necessário reunir todo mundo de novo para tirar outra foto. Basta escolher um momento que a pessoa não tenha piscado. Apesar disso, vale lembrar que, no final de tudo, o mais importante é a qualidade da foto. E, mesmo sendo melhor que a do Moto G, que tem 5 megapixels, a câmera do M2 ainda está abaixo do ideal.

Bateria

A bateria é, com certeza, o grande destaque do Xperia M2. Em nosso teste, ela durou quase um dia e meio de uso moderado. Ou seja, se você for dormir e esquecer de colocá-lo para recarregar, o M2 ainda consegue aguentar até o início da tarde do dia seguinte. Se for exigido intensamente, ainda assim a bateria dele tem carga suficiente para aqueles que só chegam em casa no fim da noite.

Conclusão

Para o que a Sony propôs ao celular, o Xperia M2 chega ao mercado com um bom custo-benefício. Apesar dos contras, como câmera ruim e versão desatualizada do Android, a capacidade da bateria e o preço de R$ 899 - que não é o mais barato do mercado entre os concorrentes - fazem dele um bom aparelho. Nada além disso. O diferencial do M2 está no tamanho, o maior entre os intermediários. Agora, é preciso avaliar se vale mais a pena pagar R$ 200 a menos e comprar um Moto G, ou economizar R$ 100 em um Galaxy S3.

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