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O Arminianismo e o Solus Christus

A centralidade da pregação dos reformadores acerca de Jesus Cristo, é porque Ele é o Cabeça da Igreja e o Senhor Dela.

fonte: Guiame, Ediudson Fontes

Atualizado: Quarta-feira, 8 Novembro de 2023 as 2:17

(Foto: Unsplash/BBC Creative)
(Foto: Unsplash/BBC Creative)

As Escrituras Sagradas possuem variedades de assuntos bíblicos que oferecem ensinamentos para os seus leitores. Mas o seu foco principal é sobre o nosso Senhor Jesus, que é o Salvador do mundo. Desde que Adão e Eva desobedeceram a Deus, a humanidade herdou a natureza pecaminosa e a espiritualidade morta sem a plena comunhão com Deus. O Eterno Deus já tinha um plano perfeito para resgatar a humanidade de seus pecados, que só seria por intermédio de Jesus Cristo.

No Antigo Testamento, Deus chama Abraão para formar a nação de Israel, e por intermédio dela, a linhagem do Messias viria para se apresentar ao mundo. A instituição das leis Levíticas dos rituais que Deus constituiu para expiação do pecado do povo daquela época, era transitória. Era um apontamento do que Jesus Cristo faria na cruz para a humanidade.

Uma das razões que os reformadores enfatizaram a centralidade do Senhor Jesus Cristo, foi a reação da aplicação da Igreja Católica Romana da época em colocar o Jesus Cristo no mesmo nível da intercessão dos santos. Se Jesus Cristo é o filho de Deus e Ele se entregou por nós para remissão dos pecados, como a intercessão dos santos pode estar no mesmo nível de operação de uma ajuda espiritual? Se Jesus Cristo é Deus e o Senhor, nada pode estar no mesmo nível Dele. A centralidade da pregação dos reformadores acerca de Jesus Cristo, é porque Ele é o Cabeça da Igreja e o Senhor Dela. As Escrituras ensinam que Ele é digno de adoração e louvor.

O Arminianismo, como legítimo herdeiro da Reforma Protestante, é uma teologia cristocêntrica. Jacó Armínio ensinou que “intercessão é a segunda ação do sacerdócio de Cristo [a primeira é a entrega do Seu próprio corpo à morte por todos], que contém também, a oração de Cristo por nós, e a sua defesa por nós contra as acusações com que somos cobrados pelo grande adversário” (ARMÍNIO, 2015, p.500).

O teólogo holandês está explicando os benefícios do sacerdócio de Jesus Cristo para a humanidade. Os nossos pecados são perdoados pelo sangue de Jesus Cristo. Quem crer será salvo (João 3:16). Wesley, em um de seus sermões, afirma que “assim como ‘por um só homem entrou o pecado no mundo, [...] toda a humanidade, estávamos nesse estado, quando ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que não perecêssemos, mas tivéssemos a vida eterna’” (WESLEY, 1994, p.27-28).

O fundador do Metodismo está afirmando que o pecado original afetou toda a humanidade, mas a morte de Cristo Jesus é abrangente para todos, porque a sua graça não é seletiva. O pecado original é uma realidade universal, e só a expiação do Senhor Jesus é abrangente para humanidade.

A centralidade do Senhor Jesus é um dos temas principais nas Escrituras Sagradas. A igreja só existe por causa Dele. As religiões que existem, os seus fundadores morreram. Jesus Cristo é o único que morreu e ressuscitou para glória de Deus Pai. Louvemos ao seu nome!

Referências bibliográficas:

ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio – Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

WESLEY, John. Sermões – Volume 2. São Paulo: Imprensa Metodista, 1994.  

Ediudson Fontes é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Teólogo. Pós-graduação em Ciência das Religiões. Mestrado em Teologia Sistemática. Professor de Teologia, autor das obras: “Panorama da Teologia Arminiana”, “Reforma Protestante e Pentecostalismo – A Conexão dos Cinco Solas e a Teologia Pentecostal” e “A Soteriologia na relação entre Arminianismo e Pentecostalismo”, todos publicados pela Editora Reflexão. Casado com Caroline Fontes e pai de Calebe Fontes.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: A Reforma Protestante e a Contribuição Teológica

 

 

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