Cristãos oram por Israel; Irã pode estar reconsiderando retaliação ao país

Esforços diplomáticos encabeçados pelos EUA são no sentido de convencer Teerã a reconsiderar uma grande retaliação.

fonte: Guiame, com informações do JNS

Atualizado: Quarta-feira, 7 Agosto de 2024 as 9:21

Inúmeros pedidos de oração têm sido feitos por cristãos contra ataque do Irã. (Foto: Pixabay/Ri Ya)
Inúmeros pedidos de oração têm sido feitos por cristãos contra ataque do Irã. (Foto: Pixabay/Ri Ya)

A intensificação da diplomacia americana e o fortalecimento da postura militar no Oriente Médio podem ter levado Teerã a reavaliar a possibilidade de um grande ataque retaliatório contra Israel, segundo o The Washington Post.

Nesse mesmo sentido, inúmeros pedidos de oração têm sido feitos por cristãos do mundo todo.

A cantora Ana Paula Valadão postou uma mensagem onde pede orações por Israel.

“Clamem! Declarem que o Guarda de Israel Se levanta nessas próximas horas.”

Cristão de ascendência judaica, Hananya Naftali também fez o pedido em seu perfil do Instagram junto da bandeira israelense: “Tire um momento para orar por Israel”.

Esforços para evitar guerra

Na terça-feira (06), autoridades da Casa Branca informaram a David Ignatius, do jornal, que acreditam que os esforços do presidente Joe Biden para evitar uma guerra mais ampla estão surtindo efeito, pelo menos no que se refere a Teerã. No entanto, elas alertaram que o Hezbollah, o representante libanês de terrorismo apoiado pelo Irã, "ainda é um curinga" na situação.

O Irã responsabilizou Israel pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã na semana passada, e ameaçou uma retaliação severa.

O ataque contra Haniyeh ocorreu poucas horas após Israel ter eliminado o comandante sênior do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, o que levou o Hezbollah a também ameaçar uma retaliação significativa.

Diplomacia

O governo Biden tem empreendido um esforço diplomático urgente para acalmar a situação, liderado pelo Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

“Ninguém deve escalar esse conflito”, disse Blinken aos repórteres na terça-feira, conforme citado pelo Post.

“Estamos envolvidos em intensa diplomacia com aliados e parceiros, comunicando essa mensagem diretamente ao Irã. Comunicamos essa mensagem diretamente a Israel.”

O Pentágono também deslocou navios de guerra e caças para a região como uma demonstração de força.

“O Irã entende claramente que os Estados Unidos são inabaláveis ​​em sua defesa de nossos interesses, nossos parceiros e nosso povo. Movemos uma quantidade significativa de ativos militares para a região para sublinhar esse princípio”, disse um alto funcionário do governo a Ignatius.

Eliminação de Haniyeh

Autoridades da Casa Branca expressaram “surpresa e indignação” pela eliminação de Haniyeh, e consideraram o ato um retrocesso no esforço para alcançar um cessar-fogo em Gaza, conforme relatado pelo Post na terça-feira.

Embora Jerusalém não tenha comentado publicamente sobre o assassinato seletivo, informou a Washington imediatamente após o ocorrido que era responsável, de acordo com o artigo que citou três autoridades americanas.

Os EUA têm trabalhado com Israel e outras partes para negociar um acordo que interrompa os combates em Gaza, que já estão em seu décimo mês, e para liberar os reféns restantes mantidos pelo Hamas.

Segundo o Post, “Israel lançou repetidamente ataques contra o Hezbollah e comandantes iranianos sem primeiro informar os Estados Unidos, enfurecendo autoridades de Biden e o próprio presidente”.

Reunião de países islâmicos

Embora as autoridades americanas citadas pelo Post acreditem que os esforços diplomáticos estejam dando frutos, a estatal saudita Al Arabiya, com base em fontes de inteligência dos EUA, informou na terça-feira que o Irã pode estar adiando um ataque até após a reunião de ministros das Relações Exteriores de países islâmicos na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, na quarta-feira.

A reunião foi convocada pela Organização de Cooperação Islâmica a pedido de Teerã, segundo a Agência de Notícias semioficial Tasnim da República Islâmica. O objetivo é “discutir os crimes contínuos da ocupação israelense contra o povo palestino”.

A OIC representa 57 estados e se apresenta como “a voz do mundo muçulmano”.

Segundo a reportagem da Al Arabiya, os americanos acreditam que poderão auxiliar Israel a “se defender bem” contra um ataque iraniano. No entanto, expressam preocupação de que um ataque em grande escala do Hezbollah libanês possa sobrecarregar os sistemas de defesa aérea de Israel.

Também na terça-feira, o The Wall Street Journal relatou que os EUA observaram, no fim de semana, movimentações no Irã que podem indicar preparativos para um ataque.

Segundo autoridades americanas citadas no relatório, essas movimentações incluíam o deslocamento de lançadores de mísseis e vários “exercícios militares”.

Negociações de cessar-fogo

De acordo com um comunicado da Casa Branca divulgado na terça-feira, Biden agradeceu ao presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi durante uma conversa telefônica “por sua liderança determinada na facilitação das negociações [para um cessar-fogo entre Israel e Hamas] que agora atingiram um estágio final”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, se recusou a fornecer mais detalhes sobre os comentários de Biden durante uma coletiva de imprensa realizada no final do dia.

“Não vou além do que o presidente declarou. Temos sido muito claros sobre a importância de que o acordo de cessar-fogo, o acordo dos reféns seja feito. Tem sido uma prioridade para este presidente há algum tempo”, disse ela.

“Vocês ouviram diretamente do presidente. Ele quer que isso seja concluído. Ele quer que a guerra acabe. Ele quer que os reféns voltem para casa e se reúnam com seus entes queridos e suas famílias,” acrescentou.

“Portanto, acreditamos que … o fim dessa guerra reduziria significativamente as tensões na região. E, assim, temos estado, certamente, com um foco absoluto em realizar isso.”

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