
Na última quarta-feira (5), o presidente Donald Trump emitiu um ultimato ao Hamas, intimando os terroristas a libertarem todos os reféns israelenses que ainda estão presos em Gaza imediatamente.
A declaração de Trump foi feita na rede Truth Social, depois que o presidente se encontrou com sete ex-reféns do Hamas que viajaram para Washington, DC, esta semana.
“Shalom Hamas” significa Olá e Adeus — Vocês podem escolher. Libertem todos os reféns agora, não mais tarde, e devolvam imediatamente todos os cadáveres das pessoas que vocês assassinaram ou acabou para vocês. Apenas pessoas doentes e distorcidas mantêm corpos, e vocês estão doentes e distorcidos”, compartilhou Trump.
E continuou: “Estou enviando a Israel tudo o que eles precisam para terminar o trabalho, nenhum único membro do Hamas estará seguro se vocês não fizerem o que eu digo. Acabei de me encontrar com seus antigos reféns cujas vidas vocês destruíram. Este é o seu último aviso”.
“Para liderança, agora é a hora de deixar Gaza, enquanto vocês ainda têm uma chance. Além disso, para o povo de Gaza: Um belo futuro os espera, mas não se vocês não tiverem reféns. Se vocês fizerem isso, vocês estão mortos! Tomem uma decisão inteligente. Libertem os reféns agora, ou haverá um inferno para pagar mais tarde”, acrescentou.
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A declaração também foi feita após uma autoridade israelense e a Casa Branca informarem que os EUA estão negociando diretamente com o Hamas sobre reféns e o cessar-fogo em Gaza.
Então, Trump foi questionado por “derrubar uma tradição americana de não falar com grupos que consideram organizações terroristas”.
"Bem, quando se trata das negociações às quais você está se referindo, em primeiro lugar, o enviado especial que está envolvido nessas negociações tem autoridade para falar com qualquer pessoa", respondeu a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Karoline destacou que Israel foi "consultado sobre o assunto" e que Trump acredita em fazer "esforços de boa-fé para fazer o que é certo para o povo americano".
"Essas são conversas e discussões em andamento. Não vou detalhá-las aqui. Há vidas americanas em jogo", acrescentou Karoline.
Encontro com reféns
Esta semana, Trump se encontrou com sete ex-reféns do Hamas. Segundo o Hostages and Missing Families Forum, o grupo incluía Eli Sharabi, Doron Steinbrecher, Keith Siegel, Aviva Siegel, Naama Levy, Omer Shem Tov e Iair Horn.
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Conforme a CNN Brasil, o Hamas declarou nesta quinta-feira (6) que as declarações de Trump contra os palestinos constituíram apoio ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para recuar do acordo de cessar-fogo de Gaza e intensificar o cerco e a fome dos moradores de Gaza.
A primeira fase da trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas em meio à guerra na Faixa de Gaza terminou no último sábado (1°).
O cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, depois de mais de 15 meses de conflito iniciado pelo ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, o mais letal na história da história de Israel. O acordo foi estruturado em três fases, e os próximos passos ainda estão sendo negociados.
Neste cenário, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a retomada da guerra em Gaza seria "catastrófica" e pediu que todas as partes envolvidas fizessem o possível para evitar isso, depois de seis semanas de "respiro" para os palestinos e israelenses.