Arqueólogos descobrem evidências do dilúvio no Monte Ararate

A descoberta de substâncias marinhas e fósseis no Monte Ararate, na Turquia, aponta que o local já esteve submerso na água.

fonte: Guiame, com informações de The Jerusalem Post

Atualizado: Quarta-feira, 12 Março de 2025 as 3:34

A formação Durupinar no Monte Ararate. (Foto: Reprodução/YouTube/Discovered Media).
A formação Durupinar no Monte Ararate. (Foto: Reprodução/YouTube/Discovered Media).

Novas descobertas no Monte Ararate que apontam para o dilúvio descrito na Bíblia geraram empolgação na comunidade arqueológica.

As descobertas foram divulgadas durante o 7º Simpósio Internacional sobre o Monte Ararate e a Arca de Noé, na Turquia, e reacenderam a discussão sobre as evidências do evento climático.

Desde 2021, a “Equipe de Pesquisa do Monte Ararate e da Arca de Noé”, formada por pesquisadores da Universidade Técnica de Istambul, da Universidade Agri Ibrahim Cecen e da Universidade Andrews, tem estudado a formação Durupinar – uma estrutura geológica localizada no cume do Monte Ararate, próximo à fronteira da Turquia e do Irã.

Formação Durupinar

Há muito tempo, a formação tem atraído pesquisadores e exploradores devido sua semelhança com a estrutura de navios antigos, que se assemelha a Arca de Noé descrita na Bíblia.

Conforme as Escrituras, a Arca tinha "um comprimento de trezentos côvados, sua largura de cinquenta côvados e sua altura de trinta côvados". As medidas da formação Durupinar – de cerca de 150 metros de comprimento – correspondem com o relato bíblico.

Durante uma fase da pesquisa, a equipe coletou quase 30 amostras de rocha e solo do local. Após serem analisadas na Universidade Técnica de Istambul, foi descoberto fósseis de frutos do mar, incluindo moluscos, vestígios de materiais semelhantes a argila e depósitos marinhos nas amostras.

Os materiais foram datados entre 3500 e 5000 anos a.C, do período Calcolítico, a mesma era do dilúvio bíblico.

"De acordo com os resultados iniciais, se acredita que houve atividades humanas nesta região desde o período Calcolítico", explicou o Dr. Faruk Kaya, vice-reitor da Universidade Agri Ibrahim Cecen e pesquisador principal da equipe. 

"Um resultado essencial do simpósio é a decisão de realizar mais pesquisas em Cudi e Ararate, conhecida como região da Mesopotâmia", acrescentou.

Monte já esteve submerso na água

A descoberta de substâncias marinhas e fósseis no Monte Ararate mostra que a área já esteve submersa na água. Os achados reforçam as teorias de que uma inundação catastrófica atingiu a área, confirmando a narrativa bíblica de uma inundação global.

"Nossos estudos mostram que essa região abrigou vida naquele período e que, em algum momento, foi coberta por água, o que reforça a possibilidade de que tenha ocorrido um evento catastrófico de grande magnitude", afirmaram os pesquisadores.

O Monte Ararate é o pico mais alto da Turquia, com 5.137 metros. Ele foi citado como o lugar em que a Arca de Noé parou em terra firme após o fim do dilúvio, no capítulo 8 de Gênesis:

"E a arca descansou no sétimo mês, no décimo sétimo dia do mês, sobre os montes de Ararate”.

Os pesquisadores concluíram: "As evidências sugerem que a história pode ter uma base na realidade".

O Ararate, uma montanha de um vulcão inativo com um cume coberto de neve, é um local que gerou especulação e peregrinação durante séculos.

A formação Durupinar, descoberta por um fazendeiro curdo em 1948, foi  trazida ao conhecimento público internacional em 1951, pelo capitão do exército turco Ilhan Durupinar, durante uma missão de mapeamento da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

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