A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, alertou sobre a crescente violência contra cristãos na Nigéria.
Ela destacou que o país africano enfrenta uma das mais graves crises de perseguição religiosa do mundo, marcada por ataques constantes de grupos extremistas, aldeias incendiadas e milhares de pessoas mortas ou forçadas a se deslocar por professarem sua fé.
“As imagens que estão chegando da Nigéria nos provocam dor, lágrimas e muita indignação. Nós não podemos nos silenciar diante do massacre de cristãos na Nigéria, não podemos nos calar diante das cenas que estamos assistindo.”
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“Crianças sendo executadas a pauladas, mães fuziladas abraçadas aos seus filhinhos no colo, valas comuns sendo abertas, onde todos são obrigados a deitar antes de serem executados”, descreveu.
Durante a sessão da CDH, Damares classificou as imagens dos massacres como “terríveis”, ressaltando que estão ocorrendo em pleno 2025, com “um povo sendo perseguido e morto apenas por professar sua fé”.
Relações exteriores
Damares também informou que está organizando uma comitiva de senadores para, nos próximos dias, articular uma reunião com o ministro Mauro Vieira, titular do Itamaraty.
A presidente da Comissão aproveitou sua fala para lembrar que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido no mundo e reforçou que o Brasil precisa se posicionar em relação à situação na Nigéria.
“Um país onde mais de 90% do povo se declara cristão não pode permanecer omisso e inerte diante de tamanha brutalidade contra nossos irmãos nigerianos”, afirmou.
A senadora cobrou que o Brasil abandone a postura de silêncio e defendeu uma posição clara e diplomática diante da situação dos cristãos na Nigéria.
Damares afirmou que, por isso, a atuação da Comissão contra a perseguição religiosa na Nigéria não ficará restrita ao Senado, mas seguirá até o Ministério das Relações Exteriores (MRE):
“Nós vamos ao ministro sem fazer disso uma polarização, tão somente porque nós não aceitamos criança de nenhuma religião ser massacrada, nenhuma pessoa tem que morrer por causa da sua fé, e o que acontece na Nigéria, em pleno 2025, é para a gente repensar para onde vai a humanidade”.