
No memorial em homenagem a Charlie Kirk, realizado no domingo (21) no State Farm Stadium, no Arizona, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, destacou o impacto espiritual do fundador da Turning Point USA.
Em um discurso repleto de referências à fé cristã, Vance disse que a vida e o testemunho de Kirk o inspiraram a falar mais abertamente sobre Jesus Cristo do que em toda sua vida política.
“Eu falei mais sobre Jesus Cristo nas últimas duas semanas do que em todo o meu tempo na vida pública”, disse ele, enquanto o público se levantava e o aplaudia.
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“Charlie me ensinou que não devemos ter medo de proclamar nossa fé em público. Ele mostrou que coragem e Evangelho caminham juntos”, continuou.
O vice-presidente frisou que a ousadia de Kirk em assumir sua crença foi determinante para encorajar uma geração de jovens conservadores a não esconderem sua identidade cristã.
Exemplo de fé
Em sua fala, Vance descreveu Kirk como alguém de “crença inabalável no Evangelho”, lembrando que, apesar de ter construído um movimento político influente, sua maior motivação era espiritual.
“Charlie sabia que somos todos filhos de Deus. Essa era a base da sua missão e do seu legado”, disse.
Para Vance, o verdadeiro sucesso de Kirk não estava apenas em seu impacto político, mas em ter apontado para Cristo.
Reforçando a dimensão cristã do momento, Vance afirmou que Kirk deixou um exemplo de coragem semelhante ao dos primeiros mártires: alguém que, mesmo diante de hostilidade, não deixou de proclamar sua fé.
“Ele queria ser lembrado pela sua coragem e pela sua fé. E é exatamente assim que nós o lembraremos”, destacou.
Valores espirituais
O discurso de Vance também foi um apelo para que os presentes – e os americanos em geral – reconhecessem a importância de recuperar valores espirituais.
“Neste tempo de escuridão, o maior legado de Charlie é nos ensinar a ter fé no Senhor e sermos ousados em como o glorificamos”, afirmou, também recebendo aplausos do público.
Ele falou ainda da importância de enfrentar aqueles que atentam contra a vida, comportamento inspirado em Kirk, que sempre estava disposto ao diálogo.
“Para Charlie, nunca vamos encolher. Nós nunca vamos nos acovardar. E nós nunca vamos vacilar. Mesmo quando olha para baixo o cano de uma arma", disse o vice-presidente.
Ao final, Vance deixou claro que o impacto de Kirk transcendeu a arena política.
Para ele, a vida do jovem líder deve ser entendida como um chamado espiritual para os cristãos americanos.
“Charlie não nos deixa apenas um movimento político, mas uma herança de fé. E agora cabe a nós carregar essa tocha”, concluiu.
Patriotismo e fé
O presidente Donald Trump, último a discursar, classificou o assassino de Kirk como “monstro” e disse que o líder conservador evangélico morreu por defender Deus.
“Charlie foi hediondamente assassinado por um monstro radicalizado. Ele morreu por falar a verdade, por defender Deus, a pátria e o bom senso.”
Além disso, Trump exaltou Kirk como um mártir da fé cristã e da liberdade americana, dizendo que seu nome viverá para sempre no registro dos maiores patriotas dos EUA.
O presidente também fez diversas menções à fé cristã de Kirk e um apelo aos americanos: “Precisamos trazer a religião de volta. Precisamos trazer Deus de volta. Precisamos trazer a América de volta.”
Defesa da verdade
Em seu discurso no memorial, Vance também disse à multidão que “eles” tentaram silenciar Kirk, mas não conseguiram.
“O assassino do mal que tirou Charlie de nós esperava que tivéssemos um funeral hoje e, em vez disso, tivemos um reavivamento em comemoração a Charlie Kirk e de seu senhor, Jesus Cristo”, disse Vance.
Kirk era feroz e ousado, disse Vance, e “estava disposto a morrer” pela América.
“Por Charlie, devemos lembrar que é melhor morrer de pé defendendo a verdade e os Estados Unidos do que viver ajoelhado”, afirmou.
Vance disse que toda a administração Trump estava lá não só porque eles amavam Kirk, mas também porque eles “não estariam aqui sem ele”.
“Ele amava este país com uma intensidade contagiante”, Vance acrescentou.
“Ele sabia que a América era um lugar bonito... ele sabia que os melhores dias da América não estavam atrás de nós, mas ele sabia que esses dias melhores teriam que ser ganhos, teriam que ser trabalhados.”