![Musa B. Musa evangelizando em tribo Fulani. (Foto: Facebook/Evang Musa BM)](https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840x500/top/smart/https://media.guiame.com.br/archives/2025/02/13/1866110160-musa-b-musa.jpg)
Musa B. Musa é um Fulani que se converteu a Jesus por suas próprias conclusões: “Não houve nenhum pastor ou igreja que me tenha convertido do islamismo ao cristianismo.”
Muçulmano, como a maioria dos Fulani, Musa conta que sua conversão aconteceu a partir de suas meditações em dois livros sagrados: o Alcorão, do islamismo, e a Bíblia, do cristianismo.
A conversão de um Fulani para o cristianismo é uma ótima notícia para a comunidade cristã, que tem sido alvo do grupo em ataques, muitas vezes violentos, principalmente por disputas de terras para a agricultura e pastagens.
Mas quando Musa se tornou cristão, foi ainda melhor, pois ele passou a evangelizar seus próprios membros de tribo."
“Mas por que eu entrei minha vida a Cristo?”, questiona Musa, antes de explicar: “Simplesmente porque o Islã não dá garantia de salvação”.
E compara: “Ao contrário de Maomé, Jesus viveu 33 anos sem nunca ter pecado. Porque onde Maomé recomenda matar inimigos (Alcorão 9:5), Jesus recomenda amá-los (Mateus 5:44), porque Maomé apenas afirma, mas Jesus confirmou Suas palavras com todos os tipos de milagres e ressurreição”.
“Meus irmãos e irmãs, somente Jesus Cristo salva, Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ele te ama e quer salvá-los, aceite-o agora antes que seja tarde demais”, finaliza.
Para mostrar a diferença das duas regliões, Musa diz em seus evangelismos: “Não usamos sangue para agradar a Deus, mas agradamos a Deus ganhando uma alma para ele. Não carregamos armas para evangelizar, mas carregamos nossa Bíblia para evangelizar.”
Evangelismo
Musa mantém uma página no Facebook onde compartilha o Evangelho e divulga a hashtag Fulani para Cristo.
Recentemente, ele distribuiu folhetos que contam a história de Jesus:
“Distribuindo os livretos Fulani intitulados 'Habaru Dow Yesu Almasihu', que significa 'A História de Jesus Cristo', para esses ministros, a fim de facilitar seu alcance aos Fulani em suas áreas com o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Como um cristão Fulani que experimentou a graça e a salvação de Jesus Cristo, estou preocupado com a salvação dos meus irmãos Fulani e de todas as almas perdidas. O Evangelho deve ser pregado!"
Ele também fala dos ataques que sofre por causa de seu ministério evangelístico: “Nenhum ataque, manipulação, intimidação, perseguição, ódio, insulto ou crítica me fará recuar nesta jornada de fé.”
E continua: “Ladrões não invadem casas vazias, e você não pode despovoar o reino das trevas e esperar que o diabo fique em silêncio. Mas Aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo. Continuem orando por nós!"
Ataques aos cristãos
Os Fulani são um grupo étnico amplamente disperso pela África Ocidental, Central e partes do Norte da África. Tradicionalmente, são conhecidos como pastores nômades dedicados à criação de gado, cabras e ovelhas.
A aridez das terras, juntamente com questões socioeconômicas, políticas, étnicas e religiosas, tem contribuído para conflitos entre os Fulani e outras comunidades, especialmente no Mali e na Nigéria.
A maioria dos Fulani segue o islamismo e muitos aderem às práticas e ensinamentos islâmicos de maneira radical, o que eventualmente resulta em ataques violentos contra comunidades agrícolas, especialmente as cristãs.
Em um ataque recente em Kaduna, no norte da Nigéria, que resultou na morte de três cristãos, o presidente da Associação de Desenvolvimento de Binawa (BIDA), Istifanus Danjuma Makoshi, declarou à imprensa: “Este ato de violência não é apenas um ataque às vítimas e suas famílias, mas à paz e estabilidade de toda a comunidade”.
Musa explica ainda que outra diferença é que diferente dos profetas, que estão mortos e nunca voltarão, Jesus voltará e redimirá aqueles que o seguem”.
Radicalismo Fulani
O radicalismo dos Fulani impressiona. Em dezembro de 2024, mais de 40 cristãos foram mortos por extremistas enquanto celebravam o Natal na Nigéria. Em outro ataque no mesmo mês, 19 cristãos em diferentes comunidades foram assassinados.
Esse ambiente de medo e insegurança leva comunidades cristãs inteiras a se deslocarem internamente no país.
Segundo a Portas Abertas, a violência fulani, juntamente com outros grupos como Boko Haram e ISWAP (Estado Islâmico da Província da África Ocidental), continua crescendo na Nigéria, e os cristãos estão particularmente em risco por causa dos ataques de extremistas islâmicos.