
Aos 86 anos, um idoso continua servindo ao Senhor no campo missionário. Desde que se aposentou, ele já participou de 107 viagens missionárias de curto prazo, passando por mais de 30 países.
O americano Larry McCallon contou que seu foco principal são crianças e adolescentes filhos de missionários que acompanham suas famílias ao redor do mundo.
Desde 2003, Larry não perdeu uma única reunião do Conselho Internacional de Missões (IMB). Ele já serviu em 52 eventos oficiais da organização, incluindo acampamentos para jovens, retiros e encontros de famílias missionárias.
Para os adolescentes que se reúnem em cada evento, o “Sr. Larry” é mais que um voluntário: é amigo, mentor e avô espiritual.
“Eu os vejo crescer física, espiritual e mentalmente. A consistência no trabalho com os jovens é importante. Eles sabem que você estará lá e, como resultado, estão dispostos a conversar com você e se abrir sobre o que está acontecendo em suas vidas”, disse Larry sobre os mais de 20 anos de participação em diversas reuniões por ano.
‘Isso me motiva a continuar’
Tudo começou em 2002, após uma viagem missionária à Coreia do Sul, durante a Copa do Mundo. Quando sua igreja anunciou a necessidade de voluntários para uma reunião missionária na Europa, ele se ofereceu. Larry tinha 63 anos e muita disposição. Desde então, nunca mais parou.
Na época, o pastor responsável decidiu colocá-lo como líder de um grupo de meninos de 13 anos, acreditando que a presença de uma figura paterna ou de um “avô” seria importante para os filhos de missionários que vivem longe das famílias. Os adolescentes amaram o “Sr. Larry” e se sentiram felizes por sua atenção e senso de humor.
“Larry ama nossos MKs (crianças missionárias). Ele não só doou seus recursos, mas também abriu seu coração. Ele tem sido uma constante em nossas vidas desde aquele primeiro encontro”, afirmou um missionário.
Larry com os adolescentes. (Foto: Reprodução/IMB)
Larry acredita que investir tempo e afeto nessas crianças é também uma forma de fortalecer a missão global da igreja.
Ele explicou que os adolescentes enfrentam os mesmos problemas e questões básicas, independentemente de onde cresçam: “Alguns enfrentam dificuldades. Outros não. Alguns seguem Jesus de perto. Outros não. Ter pais no ministério não significa uma adolescência mais fácil”.
E continuou: “É mais barato cuidar dos jovens do que perder famílias missionárias. Muitos missionários abandonam o campo quando seus filhos se tornam adolescentes por vários motivos. É isso que me motiva a voltar. Você nunca sabe qual será a pequena diferença na vida de um adolescente”.
Hoje, muitos dos adolescentes que passaram por sua vida são pastores, professores e missionários. Nos encontros anuais, pais e filhos ainda procuram o “Sr. Larry” para agradecer e compartilhar novidades.
Por fim, Larry incentiva pessoas de todas as idades a fazerem sua primeira viagem missionária e, para aqueles que já estão no campo, a continuarem: "Vão para onde o Senhor está trabalhando".