Uma pesquisa recente, realizada nos Estados Unidos, revelou que pessoas que frequentam uma igreja estão mais satisfeitas com sua vida do que aqueles que não frequentam. O estudo da Gallup descobriu uma relação direta com o bem-estar mental e a fé.
De acordo com a pesquisa, o contentamento com a vida pessoal está relacionado a frequência a serviços religiosos. 67% dos entrevistados que vão à igreja semanalmente afirmaram que estão muito satisfeitos.
Já entre os que frequentam cultos quase semanalmente ou mensalmente, 44% responderam da mesma forma. E no grupo que raramente ou nunca participa de reuniões religiosas, 48% disseram estar muito satisfeitos.
O estudo, realizado entre 3 a 16 de janeiro, também mostrou que os frequentadores semanais da igreja estão mais propensos a dizer que estão muito contentes com sua vida do que as pessoas que ganham 8 mil dólares ou mais por mês. Neste último grupo, 61% estão satisfeitos.
Frank Newport, um dos pesquisadores, destacou que a correlação entre bem estar e religião é comprovado por outras pesquisas. Como um estudo de 2012 da Gallup, que apontou que os americanos mais religiosos possuem uma visão mais positiva da vida e experimentam menos emoções negativas diariamente.
A pesquisa de 2012 também afirmou que pessoas religiosas fazem escolhas mais saudáveis daqueles menos devotos ou que não possuem uma fé.
"Há uma descoberta duradoura e muito bem fundamentada de uma correlação entre a religiosidade pessoal dos indivíduos e várias medidas de bem-estar, felicidade e saúde mental (e, em alguns casos, física)", explicou Newport.
Segundo Frank, as razões para explicar a ligação da fé com o bem-estar são variadas. Alguns pesquisadores consideram a "influência calmante e positiva da crença em um poder superior que vem com a religião".
Já outros ressaltam o “impacto positivo de fazer parte de uma comunidade religiosa unida que promove amizades com outras pessoas religiosas”.
“A crença na religião pode dar a alguém um senso de propósito, uma crença de que a própria vida tem um propósito, e a crença na vida após a morte pode mitigar a preocupação com a morte inevitável”, esclareceu Newport.
"Indivíduos religiosos podem ter mais controle percebido sobre sua vida, e a estrutura e a regularidade dos rituais religiosos podem ter efeitos positivos. Pesquisas também mostram que expressar gratidão reduz a ansiedade e expressar gratidão é um componente central de muitas religiões".