
Em um tratado finalizado nesta quarta-feira (13), o Vaticano reconheceu oficialmente o "Estado da Palestina". O documento, que ainda não foi assinado, revela uma tentativa do Vaticano de solucionar os conflitos entre israelenses e palestinos, baseada em uma fórmula de dois Estados.
Ainda que o tratado tenha caráter simbólico, já que diz respeito às atividades da Igreja Católica nos territórios palestinos, é significativo para Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que busca o reconhecimento internacional do Estado Palestino.
O tratado foi finalizado dias antes da visita de Abbas a Roma, para a canonização dos dois primeiros santos palestinos. Nesta visita, o acordo poderá ser efetivamente assinado pelo presidente palestino.
Israel reagiu imediatamente ao anúncio. "Estamos decepcionados pela decisão tomada pela Santa Sé. Acreditamos que tal decisão não é propícia para trazer os palestinos de volta para a mesa de negociações", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon."
Há anos, o Vaticano faz um delicado esforço diplomático entre Israel e os palestinos, por ter implementado comunidades católicas nos dois territórios, em pontos históricos do cristianismo.
Dentre locais que hoje fazem parte do território palestino, estão a tumba de José, lugar onde o filho de Jacó foi lançado por seus irmãos e Belém, cidade onde Jesus Cristo nasceu.