Analfabeta aprende a ler com a Bíblia de forma milagrosa e se torna pastora

Ana Gonçalves conta que foi deixada aos oito anos para trabalhar como doméstica e não pôde frequentar a escola.

fonte: Guiame

Atualizado: Segunda-feira, 11 Junho de 2018 as 12:39

A pastora Ana Gonçalves dedica sua vida em cuidar de outras pessoas e resgatar perdidos para Deus. Mas, nem sempre foi assim. Na verdade, seu passado é um verdadeiro testemunho de superação. Aos oito anos ela foi entregue a uma família para trabalhar como doméstica.

“Com oito anos sai da minha casa e vim para Belo Horizonte. Quando meu irmão me buscou eu estava com 20 anos e não sabia ler, nem escrever. Eu trabalhava em uma casa e eles me levavam para a igreja todo domingo”, inicia Ana.

“Tinha dias que eu ia alcoolizada. Eu bebia o álcool ia para igreja e quando eu chegava em casa ia comer e depois deitar. No outro dia eu levantava cedo para limpar as coisas. Um dia meu patrão chegou com o embrulho e me eu eu joguei em cima da beliche. Fui cortar os meus legumes para o almoço. Quando eu abri a porta do quarto e peguei aquele embrulho. era uma Bíblia”, continuou.

“Eu perguntei a ele: ‘Você me deu uma Bíblia? Mas eu não sei ler, nem escrever’. Ele disse: ‘Então você pede alguém para ler para você’. Eu joguei a Bíblia e fui fazer o almoço. Quando eu pus a primeira água no arroz eu disse: ‘Vou lá pegar a Bíblia dos crentes’. Quando eu abri, foi em Apocalipse 21 8 e eu li tudo”, disse ela.

“Eu perguntava quem está me ensinando e quanto mais eu lia mais eu queria ler. Eu nunca fui à escola, então parei e pensei: ‘Eu estou conhecendo as letras. Quem está me ensinando?’ Deixei ela aberta em cima da beliche fui ver se o arroz estava queimando. E eu me apaixonei tanto pela obra do senhor que evangelizei a favela Prado Lopes”, comentou.

Transformação

“Eu não queria mais parar. Toda hora que eu pegava na Bíblia eu sabia ler. Fiquei tão feliz, em todo lugar que eu ia ficava olhando as placas, porque agora eu sabia ler. Eu lia as receitas para os meus remédios”, salientou a pastora.

“Quando o pastor cantou aquele hino, ‘Oh quão cego vaguei e perdido andei longe, longe do meu Salvador’ e fez o apelo eu levantei a minha mão e aceitei Jesus. Começou tudo na minha vida”, disse.

“Eu tive muitas experiências com Deus. Eu vivo a Palavra de Deus. Comecei anunciar o Evangelho e viajei para minha terra para pregar aos meus pais. Hoje tem sobrinha que a pastora, minha mãe morreu salva na minha companhia. Hoje, toda minha família conhece o Senhor como Salvador, pois houve cura”, comentou.

“Minha mãe veio morar comigo e eu ganhei ela para Jesus. Ganhei toda minha família para Jesus. Eu não tenho palavras para agradecer a Deus”.

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