O perfil de uma pessoa que faz exercícios físicos com mais frequência é sexo masculino, branco, com renda superior a 5 salários mínimos e ensino superior completo, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), que coloca a desigualdade social como uma barreira considerável para ser fisicamente ativo no Brasil.
De acordo com a pesquisa, 37,5% dos brasileiros se envolveram com a prática de algum esporte pelo menos uma vez em 2015. No entanto, a proporção sobe para 60% entre os com renda igual ou superior a 5 salários mínimos e 56,7% para quem tem ensino superior completo. Por outro lado, essa é a realidade de apenas 17% entre aqueles sem instrução formal.
A prática de exercícios físicos depende de fatores como tempo livre, recursos financeiros e valor cultural da atividade física para a comunidade. Sem esses pontos, a chance de sedentarismo é maior, segundo o site Saúde é Vital.
“Os dados analisados reforçam a compreensão de que realizar atividades físicas não se restringe somente a uma decisão individual, mas é também produto de como a sociedade pauta a vida coletiva”, revela o estudo.
Isso reforça que não adianta fazer campanhas que incentivem a atividade física no cotidiano “sem criar oportunidades efetivas para as pessoas se engajarem com essas práticas”.
Perfil
Em geral, homens são mais propensos a praticar esportes, mas as mulheres, quando se envolve em uma atividade, praticam com mais frequência. Os dados mostram que 35% das mulheres ativas destinam tempo para a malhação de quatro a sete vezes por semana, contra 27,3% dos homens.
O Distrito Federal é a unidade da federação com menores taxas de sedentarismo, de acordo com o estudo — metade da população se envolveu com exercícios físicos no último ano. Não por acaso, essa é a unidade com o maior índice de desenvolvimento humano (IDH) do país.