Foi na adolescência Júlio Pacheco conheceu o mundo da música. Aos 11 anos ele começou a tocar percussão na banda de baile de seu pai. Logo depois, se tornou baterista. Sua carreira só tinha uma direção, avante. Apesar da muita fama, ele sentia que faltava algo. Em entrevista para o programa Noite e CIA, ele detalha seu testemunho.
“Aos 14 anos eu comecei a entender que tinha uma trajetória com a música. Aos 16 anos eu estava em um carnaval muito famoso. O vocalista da banda ficou rouco e eu tocava bateria e fazia back vocal. Os meninos começaram a ligar para saber qual vocalista estava parado para assumir seu lugar e um dos músicos me indicou. Foi aí que acabei assumindo a banda, me tornei o vocalista do carnaval”, disse ele.
Hoje Júlio Pacheco é chamado carinhosamente de Julinho. Ele explica que a banda permaneceu ativa durante 12 anos. “Eu fiquei dos meus 16 até os 21 anos sem ter contato com a bebida. Eu tinha acesso a tudo, mas eu escolhia não usar. Aos 21 anos eu conheci uma pessoa e no âmbito familiar existia algumas tendências a ter pessoas por perto com drogas e aí eu experimentei droga pela primeira vez. A gente dá muita sorte, porque Deus está conosco. A droga é extremamente prazerosa e a gente não consegue controlar”, ressaltou.
“A música já tinha me dado carro, eu já tinha dinheiro guardado e emprestava para familiares. Eu me via em uma condição financeira muito boa, porque a música me proporcionou isso. Eu estava me achando, então foi por curiosidade. Não houve um envolvimento no sentido de se tornar dependente. Foi uma experiência e passou quando eu entendi que não dá pra controlar”, disse ele sobre o uso de drogas.
“Hoje eu sou pastor e levo pessoas para as clínicas de recuperação. A pessoa difícil é aquela que diz que usa socialmente. Deus tem que entrar no coração dessa pessoa e ela vai entender que sozinha não vai dar conta”, pontuou.
Conversão
Julinho conta que em uma dia que chegou de um grande show que havia feito, ligou a TV e começou a ver um homem falando. Era o pastor André Valadão. Ele diz que sua mãe, mesmo sendo católica, sugeriu que ele fosse a igreja do tal pastor. “Eu fiquei no segundo andar e eu lembro que naquele dia Deus me tocou e disse: ‘Eu quero você para mim’”. Julinho conta que voltou sozinho em outra oportunidade e no momento dos dízimos e ofertas foi impactado pela mensagem e nesse mesmo dia entregou sua vida para Jesus.
“Naquele momento eu vi que a minha vida ia mudar, disse que não ia mais tocar. Mas, recebi uma proposta para tocar em Salvador. Fui contratado por uma grande banda e passei quase cinco anos lá. Trabalhei com grandes artistas, ganhei muito dinheiro. Mas, um dia em cima de um trio elétrico Deus falou comigo: ‘Agora eu te tiro de vez’. Foi no tempo de Deus. Eu já estava na igreja, mas estava em cima do trio e Deus disse: ‘Agora eu te quero por completo’. Deus me tirou dali, eu fui embora, rescindi o contrato. Eu vim para Belo Horizonte e aqui eu recebi o telefonema de uma outra empresa de Salvador para eu voltar ganhando duas vezes o que eu ganhava”, revelou.
“Eu recusei, ingressei em um seminário e Deus começou a trabalhar na minha vida. O que eu falo sempre é que muitos vêm do mundo e ficam falando: ‘Ah, eu larguei o holofote, avião, shows, mulheres, bebida’. Eu tive isso tudo e eu nunca falei isso em programa nenhum e nem dei testemunho em lugar nenhum. Eu tinha tudo, mas eu não tinha nada. A pessoa que fala que vem do mundo e fala que largou tudo não largou nada. Você achava que tinha alguma coisa, mas não tem nada. Eu senti o quanto Deus preencheu e mudou a minha vida. Eu tive noção do que é verdadeiramente conhecer Jesus. Enquanto você trabalha para Deus, Ele está trabalhando por você”, colocou.