Muçulmano vai a igreja para interromper culto, mas se converte: "Ouvi que Deus me ama"

Roman era um perseguidor de cristãos, mas sentiu-se tocado por Deus ao ouvir a mensagem do evangelho dentro de uma igreja.

fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas

Atualizado: Quinta-feira, 24 Maio de 2018 as 11:23

O Ramadã é um mês de grande tensão para os cristãos no Oriente Médio. (Foto: Portas Abertas)
O Ramadã é um mês de grande tensão para os cristãos no Oriente Médio. (Foto: Portas Abertas)

Enquanto o mês do Ramadã - período de jejum sagrado para o islamismo - é frequentemente um tempo de crescente pressão para os cristãos, cuja fé se destaca mais do que o habitual durante este tempo, Deus continua a trabalhar no coração das pessoas e trazê-los para Ele.

Durante o Ramadã, muitos muçulmanos irão buscar ao seu Deus através da oração e jejum e da prática de dar presentes de caridade.

Na Ásia Central, os cristãos - especialmente ex-muçulmanos - vivem sob crescente perseguição de uma variedade de fontes, de ditaduras a uma cultura circundante geralmente dominada pelo Islã. Em muitos desses contextos, ser um seguidor de Jesus é extremamente difícil. Mas muitos têm testemunhado que Jesus tem o poder de tocar os corações em qualquer contexto e mudar vidas.

De perseguidor a seguidor de Cristo

Alguns anos atrás, os cristãos, especialmente aqueles de origem muçulmana, eram o alvo número 1 de Roman*, um muçulmano devoto no Cazaquistão. Ele os considerava "traidores da verdadeira fé".

"Eu considerava 'traidores', todos os cristãos de origem muçulmana", diz ele.

Roman não teve nenhum problema em confrontar, desafiar e perseguir os cristãos. Ele estava - como muitos muçulmanos - em jejum durante o Ramadã que intencionalmente confronta os cristãos, fazendo perguntas sobre sua fé, com o propósito de fazê-los tropeçar e até questionarem sua fé em Jesus.

No ano passado, durante o Ramadã, Roman deu mais um passo para expressar sua devoção ao Islã. Ele decidiu fazer uma visita à igreja batista local na área com o único propósito de "interromper os traidores da verdadeira fé".

"Fui ao culto daquela igreja durante o Ramadã, porque me considerava um muçulmano devoto", diz ele. "Eu [queria] provar minha fé em Alá, interrompendo aquilo que eu considerava uma traição ao Alcorão".

Roman atravessou as portas da igreja, sentou-se e começou a fazer seu plano. Mas quando o culto da igreja começou e o pastor iniciou sua pregação, Roman não conseguiu fazer o que havia planejado. Ele não conseguia se levantar para causar a cena que tinha em mente para interromper aquele momento. As palavras que ele ouviu o pastor dizer o tocaram e o deixaram quebrantado.

"Pela primeira vez ouvi sobre um Deus que me amava", diz ele. "Eu nunca soube que o Deus Todo-Poderoso me amava, embora eu não seja perfeito".

A surpreendente e curadora verdade de um Deus que ama Sua criação incondicionalmente começou a lavar toda uma vida de culpa.

"Esse pensamento [de ser amado, embora eu não seja perfeito], nunca entrava em minha mente. Eu sempre me sentia culpado. Eu sentia que tinha que ganhar a atenção de Deus pelo o que eu fazia", acrescentou.

As palavras que Roman ouviu naquele dia, enfocando o amor, a misericórdia e o perdão agarraram o coração do perseguidor de cristãos. E então algo aconteceu que ele nunca esperou: lágrimas, orações a Jesus, arrependimento e alegria. Sentado naquele culto, naquela igreja batista, o homem que havia dedicado sua vida a perseguir os cristãos tornou-se seguidor de Jesus. A história de Roman não é diferente de outro ex-perseguidor de cristãos, que há dois mil anos escreveu as palavras que lemos e nos apegamos hoje:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”, disse o apóstolo Paulo em Gálatas 2:20.

"Eu nunca mais voltarei à fé muçulmana", disse Roman após entregar sua vida a Jesus.

 

*O nome Roman, citado na matéria, é fictício para garantir a segurança deste ex-muçulmano, devido à intensa perseguição religiosa e às ameaças de morte que aqueles que abandonam a fé islâmica sofrem no Oriente Médio e em outras regiões do mundo dominadas pelo islamismo.

 

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