‘Resposta de oração’: Bebê dado como morto após paradas cardíacas sobrevive sem sequelas

Enrico sofreu várias paradas cardíacas, convulsões e passou por duas cirurgias em Vitória.

fonte: Guiame, com informações de g1

Atualizado: Terça-feira, 5 Agosto de 2025 as 10:13

Eliza e Enrico. (Foto ReproduçãoInstagramEliza Bravin)
Eliza e Enrico. (Foto ReproduçãoInstagramEliza Bravin)

Após ser dado como morto por médicos, um bebê de 1 ano e 2 meses, recebeu alta e emocionou a família ao sobreviver a 22 paradas cardíacas, convulsões e duas cirurgias em apenas 20 dias de internação em um hospital de Vitória.

Enrico Doriquetto nasceu com cardiopatias congênitas e malformações no coração que ocorrem durante o desenvolvimento fetal.

"Os médicos não vão falar em milagre, mas eu falo. A história dele daria um filme. Agora, enfim, vamos respirar aliviados e poder dormir direito", disse o pai, Evandro Doriquetto, ao g1

Dois dias após o nascimento, os pais do menino foram informados que ele nasceu com Comunicação Interatrial e Comunicação Interventricular, cardiopatias congênitas que precisavam ser operadas até os dois anos de idade.

"Ele foi diagnosticado e a gente já sabia que, desde o início, ele ia precisar fazer cirurgia, não era algo que ia sair sozinho", explicou a mãe, Eliza Bravim.

No dia 4 de julho, Enrico foi submetido a uma cirurgia em um hospital de Vitória. Segundo a família, os médicos informaram que o procedimento havia ocorrido como o esperado: o bebê não precisaria de marcapasso e permaneceria internado por cerca de uma semana apenas para ficar em observação.

No entanto, dois dias depois, o quadro se agravou. Segundo a família, Enrico sofreu uma convulsão seguida de quatro paradas cardiorrespiratórias. Na última delas, a médica precisou entubá-lo.

Ainda de acordo com os familiares, o bebê enfrentou mais de 10 paradas em um intervalo de apenas uma hora e meia. Apesar da gravidade, os exames realizados na ocasião não apontaram nenhuma alteração que justificasse o agravamento repentino

"Foi uma cirurgia de sucesso e o médico falou que o Enrico tinha respondido muito bem. As primeiras 48h foram perfeitas. Ficamos todos bobos, falando que nem parecia que ele tinha operado. Do nada, ele teve uma crise convulsiva no meu colo, depois a primeira parada cardíaca", disse o pai.

E continuou: "No intervalo de 12h40 e 15h30, foram quatro paradas. Ele era reanimado, voltava, passava meia hora e parava de novo. Não tinha mais previsão do que fazer com ele, não tinha nem como chorar mais".

‘Sem nenhuma sequela’

No dia seguinte, Evandro e Eliza contabilizaram mais 10 paradas cardíacas, sendo que, na última, foram necessários cerca de cinco minutos para reanimar Enrico.

Nesse momento, o bebê foi dado como morto pela médica. Os pais contaram que a doutora deu um "tempo" para que eles pudessem se despedir do filho.

Todos os aparelhos chegaram a ser desligados, e os pais comunicaram a notícia a familiares e amigos. Conforme a família, o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, que informou não ter encontrado registro de acionamento relacionado a essa ocorrência.

"Minha esposa estava do lado de fora, já não aguentava mais. Com a notícia da morte, nós dois estávamos desesperados. A Eliza ficou com ele no colo para se despedir enquanto aguardávamos o IML chegar. Eu desci e fiquei chorando por mais de uma hora", afirmou Evandro.

"Quando voltei, tive a impressão de que o Enrico estava respirando. A médica chegou a dizer que eram gases, mas quando ouviram o coração dele, estava fraco, mas batendo", acrescentou.

Em seguida, os médicos descobriram que a falta do marcapasso é o que tinha causado todas as complicações após a cirurgia.

Alta hospitalar 

O aparelho foi colocado posteriormente, e o bebê ficou 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 20 de julho, a criança conseguiu respirar sozinha sem necessidade da ajuda de tubos.

Então, um exame neurológico foi realizado e não identificou nenhuma sequela. Com isso, o bebê recebeu alta, com a recomendação de acompanhamento com fisioterapia e fonoaudiologia, devido ao tempo em que permaneceu entubado.

Enrico e a família moram em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, e voltaram para casa no fim do mês, após alta hospitalar.

No dia 22 de julho, Eliza compartilhou um vídeo da saída do filho do hospital com uma oração recebida:

“Senhor, hoje, 22/07, eu me coloco na Tua presença com o coração transbordando de alegria e gratidão. O Enrico está indo para casa, saudável, sem sequelas. E eu nem sei como encontrar palavras humanas para agradecer por esse milagre tão grande. O que o Senhor fez é mais do que a gente podia sonhar. É resposta de oração, é promessa cumprida, é o Teu amor sendo derramado em forma de cura”.

E continuou: “Obrigada, Senhor Jesus, porque não faltou sua presença nem por um instante. Na dor, no desespero, na vigília sem fim, o Senhor sempre esteve lá. Quando os olhos cansaram, quando o corpo estava exausto, quando a fé quase silenciou e duvidou, o Senhor nos sustentou”.

“Por fim, Senhor, consagra essa família. Fortalece ainda mais esse amor. Faz do lar deles um lugar de paz, de cura, de recomeço, de milagre visível todos os dias. Que o Enrico cresça com saúde, alegria e luz. E que nunca, nunca nos falte a certeza de que tu és Deus, que faz o impossível. Hoje é dia de louvor. Tu fostes fiel até o fim e seguirás sendo. Te louvamos. Te agradecemos. Te glorificamos”, concluiu.

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