
Um pastor promoveu um projeto esportivo para atrair sua comunidade a Jesus, nos Estados Unidos. Através do beisebol, ele evangeliza deficientes e suas famílias, e relata os frutos desse ministério.
Os jovens que participam da “Little League Challenger Baseball” em Pennsville, são afetados por diferentes deficiências, alguns estão em cadeiras de rodas e outros não falam.
O pastor da LifeHouse, Ben Hankin, é o treinador e responsável pelos jogos e se diverte com as crianças enquanto ensina a Palavra de Deus.
"Tento criar um ambiente divertido porque elas merecem", disse Ben ao Baptist Press.
'Vou orar sobre isso'
Wendy, esposa de Ben, conheceu o projeto por meio de um colega, diretor da Challenger League. O homem perguntou se ela tinha interesse em participar, então, Wendy apresentou a proposta ao marido.
"Fiz a típica atitude cristã, disse: 'Vou orar sobre isso'", relembrou Ben. No entanto, após mais pessoas o incentivarem a participar do projeto, ele decidiu se voluntariar.
Em seguida, sua igreja patrocinou um time e eles entraram em campo: "Naquele momento, eu estava convencido. Foi divertido ver muitas crianças correndo com camisetas da LifeHouse".
No ano seguinte, a LifeHouse se ofereceu para sediar uma cerimônia de premiação no final da temporada.
“Algumas dessas crianças nunca tinham participado de cerimônias de premiação como essa antes, e foi incrível ver suas reações quando foram reconhecidas”, contou Ben.
E continuou: “A resposta ao envolvimento da igreja tem sido extremamente positiva. Professores locais e outros grupos vêm assistir e torcer pelas crianças com as famílias dos jogadores. Os pais adoram, seus filhos são bem cuidados".
Wendy também ajuda o marido em campo. (Foto: Reprodução/Baptist Press)
Para Wendy, conquistar a confiança dos pais é muito importante: "É encorajador quando os pais começam a confiar em você e deixam você levar os filhos para o campo”.
Apesar da diversão, ela destacou que eles também enfrentam desafios e confessou que já pensou em desistir.
“Gostaria que as pessoas soubessem a diferença entre o que você quer fazer e o que você escolhe fazer — ser obediente ao chamado de Deus”, disse ela.
“Às vezes, acordo pensando: ‘Não sou boa nisso. Vai ser um desastre. Mas, todo sábado, Deus diz: 'Você precisa dar os passos e eu preencho as lacunas'”, acrescentou.
‘Somos abençoados’
O treinamento da equipe esportiva é uma extensão do ministério da igreja para pessoas com deficiência, que começou com uma Escola Bíblica de Férias há dois anos.
A repercussão foi tão positiva que a igreja decidiu transformar a iniciativa em um programa mensal, no formato de uma Escola Bíblica de Férias, chamado "Obra-prima". Esse programa oferece a crianças e famílias com necessidades especiais a chance de se envolverem por meio de histórias bíblicas, atividades artísticas, música e dança.
Wendy e Jimmy. (Foto: Reprodução/Baptist Press)
O projeto é baseado na passagem bíblica em Efésios 2:10, que diz: “Pois somos obra-prima de Deus, criados em Cristo Jesus a fim de realizar as boas obras que ele de antemão planejou para nós”.
“Nossa igreja nunca fez isso para nos promover. Um dos nossos valores fundamentais é amar as pessoas como Jesus. Você não pode conquistar o direito de compartilhar o Evangelho se não estiver envolvido na vida delas”, explicou o pastor.
Tom Stolle, um pai que compareceu ao jogo com seu filho Jimmy, disse que ficou encorajado ao ver os Hankins se envolverem com as crianças e suas famílias.
“Como pai de um filho com deficiência, ver esse amor me tocou profundamente. Pastores e suas esposas são pessoas ocupadas. Eles têm muito o que fazer. Ver Ben e Wendy priorizando isso foi incrível”, disse ele.
A igreja tem colhido frutos desse ministério: duas famílias com deficiência participam regularmente dos cultos, uma jovem foi batizada há cerca de dois anos, e outros parentes têm visitado a congregação.
Ben treinando um menino. (Foto: Reprodução/Baptist Press)
Muitos estão sendo alcançados pelo Evangelho por meio das diversas ações voltadas para pessoas com deficiência.
“Não estamos fazendo isso para aparecer. Estamos fazendo isso para abençoar pessoas que frequentemente são esquecidas. Nos sentimos muito abençoados por termos tido a oportunidade de fazer isso”, concluiu Ben.